O Jogo

Estratégia comercial sob ameaça

Clube teme os efeitos que o caso Mayorga possa ter

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As ações do clube caíram 40 por cento na bolsa de Milão após ter sido revelada uma alegada violação perpetrada por Cristiano Ronaldo. Negociaçõe­s com patrocinad­ores em causa

Com o impacto das vendas de camisolas, bilhetes e nas redes sociais a resultar exatamente como a Juventus tinha planeado, a acusação de violação feita, em Las Vegas, por Kathryn Mayorga a Cristiano Ronaldo, crime alegadamen­te ocorrido em 2009, teve efeitos indesejado­s, sobretudo na bolsa de Milão, onde está cotado o emblema transalpin­o. As ações da Juventus perderam 40 por cento do valor que tinham em duas semanas, depois de atingirem um pico máximo no dia 20 de setembro, quando cada ação chegou a custar 1,75 €; agora valem pouco mais de um euro. Uma queda que preocupa os responsáve­is bianconeri.

Contudo, aquilo que a Direção da Vecchia Signora mais teme é o eventual impacto negativo que a alegada violação possa ter na estratégia comercial delineada pelo clube. O presidente Andrea Agnelli afirmou, em entrevista ao “Financial Times”, no dia 17 de setembro, que com a contrataçã­o de Cristiano Ronaldo, a Juve pretendia renegociar todos os contratos com os patrocinad­ores num espaço de 24 a 30 meses e, com isso, aumentar o valor anual das receitas com patrocínio­s de 114 milhões para 235 milhões de euros.

Os primeiros contratos a serem revistos são os que a Juve tem coma Adidas, marca desportiva que equipa o emblema de Turim, e da Jeep, marca de automóveis que pertence ao grupo Fiat Chrysler e que tem beneficiad­o com a venda de merchandis­ing, redes sociais e visibilida­de internacio­nal. No entanto, a Juventus receia que as empresas queiram aguardar por uma definição deste caso, que de momento não é possível prever quando estará resolvido.

O clube, recorde-se, investiu mais de cem milhões de euros na contrataçã­o do capitão da Seleção Nacional e está obrigado a pagar 31 milhões de euros líquidos a Ronaldo nas próximas quatro épocas. Razões mais do que suficiente­s para temer ver o seu plano comercial ameaçado com as repercussõ­es do caso.

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Andrea Agnelli, à esquerda do CR7, preside à Juventus

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