Tomás ainda está nas nuvens
SILVES Reviravolta no prolongamento tornou esta equipa do distrital a única representante do Algarve em prova
Autor do golo da vitória, o jovem extremo fala no momento mais marcante da carreira. Treinador Nuno Costa diz que os jogadores foram buscar forças que “nem eles sabiam que tinham”
de “repetir sempre” o golo de domingo, o “mais marcante” da curta carreira, que colocou o Silves na quarta eliminatória da Taça de Portugal, ao eliminar o Chaves Satélite. Ainda nas nuvens, o extremo – tem 20 anos e é natural de Portimão – relata a jogada do golo com um entusiasmo contagiante. “O lance desenrolou-se na esquerda e o Vila fez um passe atrasado. Surgi no coração da área, consegui dominar e rematei de pé direito. O resto é história, não há palavras, tal não foi a mistura de sentimentos”, conta, com um sorriso do tamanho do mundo a iluminar-lhe o rosto. O treinador Nuno Costa também se delicia com a narrativa do pupilo e dá conta de “uma satisfação enorme por o Silves disputar a próxima eliminatória”, embora, ao mesmo tempo, tenha ficado “triste por ser a única equipa do Algarve ainda em prova”. O segredo da terceira vitória na Taça, explica, “é o trabalho e a observação minuciosa, em vídeo, de todos os adversários, percebendo as respetivas estratégias, tal como no campeonato”. Sobre a vitória de domingo, frente ao Chaves Satélite, fala de um jogo frenético: “Criámos várias ocasiões e até um penálti desperdiçámos, mas, já no prolongamento, a perder, os meus jogadores foram buscar forças que nem eles sabiam que ainda tinham e o 2-1, nos instantes finais, coroou esse esforço.” Já Tomás Seca sublinha: “Soubemos lidar com a adversidade e arriscámos tudo.”