O Jogo

“Salvador estava radiante”

Hassan recordou algumas histórias da goleada (5-0) da época passada em Guimarães e revelou o ambiente que se viveu no balneário logo após o final da partida

- PEDRO MARQUES COSTA

Hassan recordou o golo marcado em Guimarães na última época Hassan confessou que nunca teve coragem para falar com Pedro Martins (seu atual treinador) sobre a goleada em Guimarães, mas avisa que o dérbi de amanhã vai ser bem diferente do último...

Hassan, que está cedido ao Olympiacos, participou na goleada da última época em Guimarães. O avançado entrou ainda na primeira parte para o lugardoles­ionadoDyeg­oSousa e,poucodepoi­s,marcouumdo­s cinco golos de um triunfo histórico. O JOGO lançou-lhe agora o convite para recordar esse jogo e Hassan aceitou o desafio comumacond­ição:asresposta­s seguiriam por escrito. E seguiram, num português de fazer inveja a muitos... portuguese­s. A vitória da última época em Guimarães ficará para sempre na memória dos adeptos. Os jogadores sentiram que estavam a fazer história? —Um dérbi minhoto é sempre intenso, por mil e uma razões. Desde o estádio que está cheio, à pressão dos adeptos e das pessoas do próprio clube, até à garraevont­adedeganha­rque,apesar de existirem, sempre é maior nestes jogos. É evidente que um jogo daqueles ficará para sempre na nossa memória... Ganhámos, estivemos muito bem, e foi um jogo em que tudo nos correu bem, tudo deu certo. No entanto, o Braga não pode entrar para este dérbi a pensar no que aconteceu na última época. Vai ser um jogo difícil para as duas equipas. Entrou ainda na primeira parte (substituiu o lesionado Dyego Sousa) e ainda marcou. Foi o jogo pelo Braga que lhe deu mais prazer de jogar? —Não sei... Por acaso, todos os jogos em que ganhámos e jogámos bem me dão prazer, independen­temente do adversário. Como é que essa vitória foi vivida no balneário? Quem é que estava mais eufórico?

Hassan —O sentimento depois de qualquer vitória é sempre bom, mas naquele jogo foi obviamente especial. Era um dérbi, ainda por cima na casa do nosso rival. Todos ficámos muito contentes com o resultado, mas confesso que o presidente estava especialme­nte radiante depois desse jogo. Foi um jogo com muitas histórias. Lembra-se de alguma em especial? —Por acaso lembro. Pouco depois de termos chegado ao estádio, e tal como é habitual, nós, os jogadores, fomos conversar um pouco para o relvado, ver como estava o terreno, etc. Todos conhecemos a rivalidade que existe entre os dois clubes e mal entrámos no relvado os adeptos que já estavam no estádio começaram a assobiar-nos – é normal, já estamos habituados. Apesar disso, havia um miúdo que estava atrás de um dos bancos que passou o tempo a chamar pelo meu nome. ‘Hassan, Hassan, Hassan...’. Ele não parava, aquilo durou alguns minutos. Em condiçõesn­ormaisnãoo­lharia, tendo em conta que estávamos em Guimarães, mas o miúdo foi tão persistent­e que comecei a achar que me queria cumpriment­ar ou pedir uma camisola ou um autógrafo. Não resisti, mas mal olhei para o miúdo ele disse um grande palavrão, daqueles mesmo fortes que não posso reproduzir aqui. Partime a rir com a situação, tal como os meus colegas. O treinador do V. Guimarães era o Pedro Martins, que o acompanha agora no Olympiacos. Já lhe pediu desculpa por aquele resultado? —Podem não acreditar, mas nunca falamos sobre esse jogo. Tenho uma relação muito boa com o míster, mas no futebol temos de saber respeitar os adversário­s.Nãoconsegu­iriabrinca­r com ele por causa daquele resultado... Hoje em dia, as nossas conversas são mais sobre o nosso atual clube.

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