ÁRBITROS VÃO AVANÇAR PARA OS TRIBUNAIS
Juízes do Vale Formoso-Coimbrões vão acionar presidente dos gaienses, que relacionou a arbitragem de Marco Pereira com o jogo online. CA da AF Aveiro apoia a decisão
José António Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da AF Aveiro, diz que as críticas do dirigente do Coimbrões causaram constrangimentos na vida pessoal de um “aluno brilhante”
Marco Pereira e os árbitros assistentes que dirigiram o Vale Formoso-Coimbrões (4-3), da terceira eliminatória da Taça de Portugal, vão avançar para tribunal contra António Magalhães, presidente do clube gaiense, que no final da partida disse ter assistido a um “roubo” e a uma vitória “encomendada”, associando o desempenho dos juízes às “apostas” desportivas. Quem revelou a O JOGO a intenção de o trio de arbitragem avançar para os tribunais foi José António Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da AF Aveiro (AFA), isto já depois de o Conselho de Arbitragem da FPF e de a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) ter feito uma participação do dirigente ao Conselho de Disciplina (CD). “Tribunal? Os três árbitros vão fazê-lo no momento certo, pois é indigno o que lhes fizeram”, atirou, adiantando que o CA da AFA pôs ao dispor dos visados “todo o apoio para reagirem como entenderem por bem”.
José António Pereira defendeu acerrimamente a idoneidade de Marco Pereira, sublinhando que as declarações de António Magalhães causaram constrangimentos na vida pessoal do árbitro de 30 anos. “Falei com ele no domingo à noite, depois do jogo, e pôsme a par de tudo o que aconteceu e de todas as ameaças que lhe fizeram. O Marco Pereira é uma pessoa de bem, um excelente aluno, que está a investigar, com uma bolsa, na área da Informática na Universidade de Aveiro, e deparou-se com pessoas a olharem-no de lado”, lamentou, salientando a força mental do árbitro. “Ele tem de ser muito forte, e é forte, pois sabe que não fez nada de errado. Está a reagir bem, pois tudo isto é uma mentira”, frisou.
As palavras do presidente do Coimbrões serviram, segundo José António Pereira, para descarregar a “frustração” pela eliminação da prova-rainha.“Osr.AntónioMagalhães só descarregou a frustração dos possíveis prémios que iria receber ou de uma possível receita caso tivesse passado”, acusou o dirigente da AFA.
Queixas: na origem das críticas do dirigente do Coimbrões estão duas expulsões na primeira “O árbitro pôs-me a par das ameaças que lhe fizeram após o jogo” José António Pereira Presidente do CA da AF Aveiro
Marco Pereira, árbitro dos quadros da Associação de Futebol de Aveiro, é investigador bolseiro, na área da Informática, na Universidade de Aveiro