No espaço ninguém te pode ouvir gritar
S tarlink: Battle for Atlas é um bom jogo, transformado numa opção de entretenimento duvidoso graças à mecânica de compra de armas, naves e heróis que pode elevar o preço final para valores muito pouco razoáveis. O mesmo princípio já foi usado em títulos com Skylanders, com as mesmas qualidades e os mesmos defeitos. Comecemos pelas primeiras. Starlink oferece um dos melhores jogos de combate espacial dos últi- mos tempos. O argumento coloca o jogador na liderança de um grupo de pilotos espaciais que usam naves modulares para combater um vilão galáctico com sede de destruição. Um clássico, portanto. Tanto a nível gráfico, como sonoro e até em termos de jogabilidade, o título oferece uma experiência divertida, permitindo a exploração de sete planetas diferentes para além das batalhas interestelares. A diversidade de inimigos obriga a uma escolha cuidada das naves e das armas a utilizar para cada situação e é aqui que as coisas se complicam. Para ter acesso a todas as naves, todas as armas e todos os pilotos, é preciso investir um valor muito considerável. Mais ainda se quisermos comprar os “brinquedos” físicos que são vendidos em separado, mas mesmo a compra de conteúdos digitais acaba por se revelar demasiado onerosa. Claro que muitos fãs de combates espaciais, e especialmente os seguidores da saga Star Fox não vão resistir à inclusão de Fox McCloud como uma das personagens exclusivas da versão produzida para a Switch. Mas Starlink é um jogo demasiado ambicioso – leia-se “caro” – para o seu próprio bem.