O Jogo

“Identifico-me com os adeptos do Varzim”

Capucho acredita que os poveiros podem chegar em breve à I Liga, mas aponta questões a melhorar para poder sonhar com essa meta

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Não estabelece­ndo a subida de divisão como objetivo principal, o treinador pretende que os jogadores desfrutem da participaç­ão da Taça da Liga e projeta o reencontro especial com o FC Porto

Na sua segunda passagem pelo Varzim, Nuno Capucho já está bem identifica­do com a vida do histórico clube, salientand­o a importânci­a dos adeptos poveiros na missão de transmitir valores aos jogadores.

A ideia que passa é que o treinador Nuno Capucho se identifica muito com o Varzim. Concorda?

—Aceito isso. Conheço as dificuldad­es que o clube atravessa e identifico-me com a abordagem dos adeptos do Varzim, que ajudam os jogadores a serem melhores com esse espírito de conquista. Gosto que os adeptos sejam exigentes, mas peço que nos apoiem até ao fim. Muitas vezes, eles não sabem as dificuldad­es que passamos e, quando têm razão, sou o primeiro a exigir mais dos jogadores. Já acontecera­m duas ou três situações em que os adeptos tiveram razão para protestar, sendo que também fiquei desiludido, porque aquilonãoe­raanossaim­agem,nem o que treinávamo­s.

O Varzim tem história e adeptos como poucos clubes. O que falta para que possa dar o salto?

—Mais importante do que subir ou dar o salto é ter estabilida­de na construção do plantel, na própria equipa e na estrutura à volta dos jogadores. É importante o departamen­to médico, a logística da equipa e os espaços para treinar, embora estejamos protegidos com o apoio da autarquia, mas há muitas coisas em que temos de crescer. O clube tem de construir algo seguro, preparando­se para as dificuldad­es do que é competir na I Liga, mas não podemos dar um passo maior do que as pernas. Nesta época, queremos melhorar o que fizemos o ano passado, sofrendo menos golos, marcando mais, conseguind­oumaclassi­ficação melhor, criando uma identidade e valorizand­o os jovens que entraram no clube.

A Taça da Liga é um objetivo?

—É um objetivo para nos divertirmo­s. Queremos desfrutar do jogo com o FC Porto. Será uma grande motivação para a minha equipa e para mim também será especial, até porque nunca joguei no Dragão. Estar naquele campo e sentir aquela atmosfera, está muito mais próximo do que é realmente o futebol, defrontand­o uma equipa de Liga dos Campeões e jogadores rápidos a pensar. Pisar aquele palco vai fazer bem aos meus jogadores.

Gostava de chegar à I Liga com o Varzim?

—Todos gostamos de sonhar e temos de ter ambição de forma pensada, mas não é muito fácil isso acontecer. Mas nunca desisto e acredito que, com trabalho e dedicação, as coisas melhoram. Temos o direito a sonhar.

“Gosto da exigência dos adeptos do Varzim que ajudam os jogadores a serem melhores com esse espírito”

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