O Jogo

Reforços disparam pólvora seca

Grimaldo e Jonas certos em Munique

- MARCO GONÇALVES

Investimen­to de 28 M€ no verão só rendeu dois golos e uma assistênci­a

Partida com o Arouca voltou a ter pouco “condimento” dos atletas contratado­s para 2018/19. Na defesa, Conti esteve mal no golo de Bukia, e no ataque faltou capacidade de desequilíb­rio

Pouco dado a rotações, Rui Vitória aproveitou a partida da Taça de Portugal com o Arouca para conceder oportunida­des a alguns dos menos utilizados, mas foram os habituais Jonas e Rafa, em forma nos últimos jogos, a salvarem a equipa. E, tal como tem vindo a acontecer, os reforços para 2018/19 continuam a sentir problemas em deixar a sua marca, quer a nível ofensivo quer defensivo. Se Ferreyra tinha prevista a utilização – travada devido a uma indisposiç­ão –, Rui Vitória lançou Corchia, Conti, Alfa Semedo e Gabriel, mas nenhum foi destaque na partida.

O lateral-direito mostrou estar ainda pouco rotinado com a equipa, enquanto o central pecou no golo do Arouca, como já tem sucedido em casos anteriores. No miolo, a dupla que levou a um investimen­to de 10,5 milhões de euros, não foi capaz de descobrir caminhos para criar ruturas no adversário, tendo Gabriel sido mesmo substituíd­o. E mais uma vez, mesmo sem os avançados Ferreyra e Castillo (chegou tarde devido aos jogos da seleção do Chile), os jogadores contratado­s para 2018/19 continuam a mostrar escasso poder de fogo. Em 21 jogos disputados pelas águias esta temporada, apenas... dois golos foram da autoria de contrataçõ­es (um de Ferreyra e outro de Alfa Semedo), ao que se junta uma assistênci­a de Castillo. Isto num total de 37 tentos. Ou seja, até ao momento, os reforços tiveram uma participaç­ão direta em apenas oito por cento nos golos da equipa. E se excluirmos os 2,4 milhões de Vlachodimo­s, o único que se afirmou como indiscutív­el, mas guardarede­s, o Benfica gastou pouco mais de 28 milhões de euros em novos atletas (alguns já saíram), que ocupam os derradeiro­s postos no capítulo da utilização, paraapenas­três golos. Ou seja, entre a finalizaçã­o e o último passe, cada tento custou mais de nove milhões.

Aposta: excluindo Vlachodimo­s, Gabriel é o mais utilizado (13.º no total), com 592 minutos

Custo: águias gastaram 28 M€ em atletas de campo para dois tentos e uma assistênci­a, esta de Castillo

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