Brunistas insultam Varandas
Apoiantes de Bruno de Carvalho aqueceram os ânimos com assobios e pedidos de demissão dirigidos ao líder
Divulgado interrogatório
a Bruno de Carvalho: porta aberta e treino adiado foram culpa de jornalistas e Jesus
A contestação promete subir de tom no dia 15, quando, em nova reunião magna, a série de suspensões e expulsões decididas pela Comissão de Fiscalização, com a do ex-líder à cabeça, serão analisadas
Eleito no passado mês de setembro, Frederico Varandas viveu ontem o seu mais duro teste desde que ocupou a presidência do Sporting. Segundo o que O JOGO apurou, o líder leonino foi assobiado e insultado por apoiantes de Bruno de Carvalho durante o seu discurso na assembleia geral( AG) de ontem, que se destinava a aprovar o orçamento do clube para 2018/19 e o relatório e contas referente a 2016/17 (ver caixa). A ação dos “Leais ao Sporting ”, denominação do grupo de apoio do ex-líder, representa, assim, um aviso para a AG do próximo dia 15, onde vão ser ratificados ou revogados os conjuntos de suspensões e expulsões decididas pela Comissão de Fiscalização, entre elas a de Bruno de Carvalho.
Os primeiros sinais de uma “derrapagem” na esperada normalidade de uma AG de aprovação de contas surgiram ainda antes da abertura dos trabalhos, quando os repórteres de imagem foram insultados e hostilizados por um largo grupo presente no Multidesportivo do Estádio José Alvalade. Essa mesma fação interrompeu diversas vezes o discurso de abertura de Rogério Alves (presidente da Mesa da AG) através de mais assobios, mas, sabe o nosso jornal, irrompeu em aplausos durante as intervenções de Alexandra e Rui Carvalho, irmã e pai
O presidente dos leões não dispensou a companhia de seguranças quando se deslocou pela sala para votar. Antes, o seu discurso tinha sido interrompido por vaias
de Bruno, respetivamente.
Posteriormente, a contestação voltou a subir de tom quando Frederico Varandas subiu ao palanque para discursar. Este, sabe O JOGO, não escondeu a insatisfação por ser constantemente interrompido e por ter escutado alguns pedidos para a sua demissão. O coro de vaias voltou a fazerse sentir quando o presidente do Sporting se deslocou para o local onde eram depositados os votos. O dirigente, inclusive, não dispensou a presença de seguranças quando falou, na companhia de Rogério Alves, com alguns dos sócios presentes no Multi desportivo.