GUERRA ABERTA COM FPF PELO CASO DE RISTOVSKI
Demora na resposta ao recurso à suspensão por dois jogos inviabilizou utilização do lateral no dérbi e gerou troca de comunicados e acusações. Pedido de reunião urgente na calha
Conselho de Disciplina diz só ter recebido o recurso às 20h47 de segunda-feira. SAD contrapõe tê-lo interposto quase 80 horas após a divulgação do castigo, responsabilizando o órgão pela maioria do atraso
O processo que resultou na redução da suspensão de Ristovski de dois para um jogo virou palco de acusações mútuas. O lateral-direito macedónio, expulso com vermelho direto por Hélder Malheiro na visita dos leões ao Bonfim, a 30 de janeiro, foi punido com dois jogos de suspensão; face ao recurso interposto pelo emblema de Alvalade na segunda-feira, dia 4, acedeu o Conselho de Disciplina (CD) reduzir a sanção ao camisola 13 dos leões para um jogo de castigo, notificando clube e jogador às 17h40 de quartafeira, quando faltavam cerca de três horas para o início do dérbi na Luz, para o qual estava, afinal, disponível.
A demora na tomada de decisão suscitou durante o dia de ontem uma troca de comunicados e acusações entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e o Sporting, atribuindo cada um ao outro a principal fatia de responsabilidade no atraso verificado. A FPF sustenta que apenas recebeu o pedido de recurso dos leões às 20h47 de segunda-feira, dia 4, quando os serviços já se encontravam fechados, remetendo a audiência para as 9h30 de quarta-feira, anunciando a decisão às 17h40.
Já os leões alegam que o mapa de castigos foi conhecido às 16h58 de sexta-feira, dia 1; que às 17h52 desse dia “foi solicitada à FPF a documentação que fundamenta a decisão”; que a FPF responde às 10h00 de segunda, dia 4, e que orecursodeuentradaàs20h47 desse dia. Em suma, o Sporting sustenta que “o recurso foi interposto 75 horas e 49 minutos após a divulgação do mapa de castigos. Desse lapso temporal, são atribuíveis ao jogador 11 horas e 41 minutos para a solicitação dos fundamentos e a elaboração do recurso; as remanescentes 64 horas e 8 minutos correspondem ao tempo que a FPF tardou em proceder ao envio dos elementos solicitados”. Os leões asseguram que vão “requerer à FPF uma reunião de urgência”parareforçarimportância de julgar recursos em tempo útil.