Toro desenfreado levou tudo à frente
Os estudantes criaram melhores ocasiões para marcar e conseguiram-no num erro da defesa de umas águias sem fogo no ataque
A Académica foi triunfar ao Seixal num jogo onde o conjunto de João Alves se superiorizou num “detalhe” importante em qualquer jogo de futebol: a definição no último terço do terreno. Foi aí que a equipa B do Benfica andou apática, quer na execução de passes bem medidos, quer na finalização. Às escassas ocasiões criadas pelos anfitriões responderam os estudantes com duas bolas aos ferros (8’ por Djousse e 40’ por Zé Castro) e outros tantos sustos resolvidos de forma felina por Zlobin que, no entanto, foi incapaz de desfazer, aos 77’, um erro defensivo das águias que ditou o 0-1 final, assinado por Jonathan Toro.
Em tarde de estreia pelos academistas, o hondurenho Toro deixou desde já uma marca, com um tento que permitiu aos estudantes subir, à condição, ao quarto lugar da II Liga. Do lado do Benfica B, jogou o defesa-direito Corchia, do plantel principal, com Kalaica promovido a capitão após asubidadeFerroàequipaprincipal. Sem Florentino, tam- bém às ordens de Bruno Lage, os encarnados sentiram muitas dificuldades no meio-campo e perante um adversário muito experiente. Mas a tarde nem começou feliz para os visitantes, que antes do intervalo, perdeu por lesão Djousse e Zé Castro, que deram lugar a Hugo Almeida e João Real.
Nos encarnados, Renato Paiva tentou moldar a equipa com os jogadores disponíveis, mas algum apagamento de Jota e de Willock, além da falta de um “matador”, complicaram a vida ao técnico, ainda para mais “traído” pelo desacerto de Nuno Tavares e de Pedro Álvaro no golo.
“O processo foi quase perfeito, mas o nosso jogo soube a pólvora seca”
Renato Paiva
Treinador do Benfica B “A equipa mostrou grande espírito e mereceu ganhar”
João Alves
Treinador da Académica