Bracali, o ex-portista que já levou oito pontos do Dragão
ESTATUTO Central e médio-defensivo são vistos como pilares e têm a porta fechada. Serão os próximos capitães
O FC Porto pode perder quatro titulares e a dupla é garantia de estabilidade defensiva. Renovação dos respetivos contratos é hipótese em cima da mesa. Mas, para já, o único foco é o fim da atual tempoada
Felipe fica no FC Porto em 2019/20, Danilo também tem a porta fechada. Só o pagamento da cláusula de rescisão pode alterar a decisão da SAD portista, pouco disposta a perder os baluartes que restam na defesa e no meio-campo, sectores que vão perder Éder Militão e, muito provavelmente, Herrera. Para Conceição, não há dúvidas: o FC Porto só pode ser estável e lutar de igual para igual com os rivais em todas as competições se mantiver o núcleo duro. Nesta fase, o Xerife e o Comendador são o baluarte dos respetivos sectores e o treinador não admite perdê-los. Além do mais, são os subcapitães de equipa e peças fundamentais na liderança do balneário. É também por isso que vão transitar como peçaschave para a próxima época. E até podem vir a renovar contrato. Mas já lá vamos...
Há muito tempo que a estrutura do futebol portista reconhece em Felipe e Danilo capacidades ímpares de liderança, mas pela questão da antiguidade, poucas vezes um e outro usaram a braçadeira. Especialmente depois de Sérgio Conceição chegar e fazer de Herrera um indiscutível. O mexicano foi, inclusivamente, apontado pelo treinador como o elemento mais importante na gestão do balneário.
Danilo: médio tem agora concorrência, mas Loum é para ser limado com tempo
Felipe: a chegada de Pepe não alterou o estatuto e o brasileiro mantém-se como indiscutível na defesa
Mas já nessa fase Felipe e Danilo recolhiam votos para a sucessão. Brahimi, então também subcapitão, acabou por ser ultrapassado na hierarquia e o Comendador é, como se viu em Braga, o atual número 2. A esse nível, porém, Felipe caminha praticamente ao lado do internacional português e só o futuro clarificará, em definitivo, quem será o número 1 e o número 2. Pela antiguidade (chegou em 2015/16) e situação atual, o médio é o favorito. No que respeita à equipa, ambos continuarão a ser elementos estruturantes. Felipe já viu várias propostas recusadas e o seu empresário ouviu Pinto da Costa comunicar-lhe que não aceita vender abaixo dos 50 milhões de euros que fixam a cláusula do brasileiro. Sem Éder Militão, Felipe e Pepe são a dupla que garante qualidade ao sector portista e isso é para levar a sério. Felipe até já foi sondado para assinar um novo contrato, não só como forma de prolongar além de 2021 a permanência no Dragão, mas também como forma de premiar a fidelidade e o rendimento.
Danilo é “ainda” mais caro do que o colega: 60 milhões de euros. E tem contrato até 2022, pelo que a renovação do mesmo só pode ser entendida como forma de lhe mostrar o apreço do clube e a valorização. As lesões que o médio sofreu nos últimos dois anos atrasaram a possibilidade de este dar o salto, mas nunca lhe roubaram protagonismo interno. Conceição admira-o muito e quer tê-lo outra vez à frente da defesa em 2019/20.