O Jogo

Bracali, o ex-portista que já levou oito pontos do Dragão

ESTATUTO Central e médio-defensivo são vistos como pilares e têm a porta fechada. Serão os próximos capitães

- ANDRÉ MORAIS

O FC Porto pode perder quatro titulares e a dupla é garantia de estabilida­de defensiva. Renovação dos respetivos contratos é hipótese em cima da mesa. Mas, para já, o único foco é o fim da atual tempoada

Felipe fica no FC Porto em 2019/20, Danilo também tem a porta fechada. Só o pagamento da cláusula de rescisão pode alterar a decisão da SAD portista, pouco disposta a perder os baluartes que restam na defesa e no meio-campo, sectores que vão perder Éder Militão e, muito provavelme­nte, Herrera. Para Conceição, não há dúvidas: o FC Porto só pode ser estável e lutar de igual para igual com os rivais em todas as competiçõe­s se mantiver o núcleo duro. Nesta fase, o Xerife e o Comendador são o baluarte dos respetivos sectores e o treinador não admite perdê-los. Além do mais, são os subcapitãe­s de equipa e peças fundamenta­is na liderança do balneário. É também por isso que vão transitar como peçaschave para a próxima época. E até podem vir a renovar contrato. Mas já lá vamos...

Há muito tempo que a estrutura do futebol portista reconhece em Felipe e Danilo capacidade­s ímpares de liderança, mas pela questão da antiguidad­e, poucas vezes um e outro usaram a braçadeira. Especialme­nte depois de Sérgio Conceição chegar e fazer de Herrera um indiscutív­el. O mexicano foi, inclusivam­ente, apontado pelo treinador como o elemento mais importante na gestão do balneário.

Danilo: médio tem agora concorrênc­ia, mas Loum é para ser limado com tempo

Felipe: a chegada de Pepe não alterou o estatuto e o brasileiro mantém-se como indiscutív­el na defesa

Mas já nessa fase Felipe e Danilo recolhiam votos para a sucessão. Brahimi, então também subcapitão, acabou por ser ultrapassa­do na hierarquia e o Comendador é, como se viu em Braga, o atual número 2. A esse nível, porém, Felipe caminha praticamen­te ao lado do internacio­nal português e só o futuro clarificar­á, em definitivo, quem será o número 1 e o número 2. Pela antiguidad­e (chegou em 2015/16) e situação atual, o médio é o favorito. No que respeita à equipa, ambos continuarã­o a ser elementos estruturan­tes. Felipe já viu várias propostas recusadas e o seu empresário ouviu Pinto da Costa comunicar-lhe que não aceita vender abaixo dos 50 milhões de euros que fixam a cláusula do brasileiro. Sem Éder Militão, Felipe e Pepe são a dupla que garante qualidade ao sector portista e isso é para levar a sério. Felipe até já foi sondado para assinar um novo contrato, não só como forma de prolongar além de 2021 a permanênci­a no Dragão, mas também como forma de premiar a fidelidade e o rendimento.

Danilo é “ainda” mais caro do que o colega: 60 milhões de euros. E tem contrato até 2022, pelo que a renovação do mesmo só pode ser entendida como forma de lhe mostrar o apreço do clube e a valorizaçã­o. As lesões que o médio sofreu nos últimos dois anos atrasaram a possibilid­ade de este dar o salto, mas nunca lhe roubaram protagonis­mo interno. Conceição admira-o muito e quer tê-lo outra vez à frente da defesa em 2019/20.

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