Fase de instrução arranca a 13 de maio
Sujeito a termo de identidade e residência, Bruno de Carvalho deverá falar a 14 de maio nesta etapa que decide se haverá julgamento no caso da invasão e agressões na Academia
Mustafá (líder da Juventude Leonina), Bruno Jacinto (ex-oficial de ligação aos adeptos) e o antecessor de Frederico Varandas estão acusados da prática de 98 crimes, incluindo terrorismo
Quase um ano depois da invasão da Academia, em Alcochete, terá início a fase instrutória do processo que tem Bruno de Carvalho como arguido e suspeito de ser o autor moral do ataque perpetrado após a derrota com o Marítimo (1-2) na última jornada do campeonato. Os atos de vandalismo e agressões a jogadores e elementos da equipa técnica leonina aconteceram a 15 de maio de 2018 e, agora, o arranque da instrução está previsto para o dia 13 do próximo mês. O ex-presidente dos verdes e brancos, que se encontra com termo de identidade e residência, bem como apresentações periódicas numa esquadra, deverá prestar declarações no segundo dia de inquirições.
Mustafá (ex-líder da Juventude Leonina) e Bruno Jacinto (ex-oficial de ligação aos adeptos) estão acusados da prática de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados.
O início desta etapa acontecerá após um primeiro adiamento face a dois pedidos de afastamento do juiz Carlos Delca, que mereceram indeferimento por parte do Tribunal da Relação de Lisboa. Requerida por mais de uma dezena dos 44 arguidos neste processo, a fase de instrução, trâmite facultativo, visa decidir se o caso seguirá para julgamento e se tal acontecer, em que moldes. Dada a especial complexidade do processo, pedida pelo Ministério Público, o prazo de prisão preventiva foi dilatado e dos 44 arguidos, 38 permanecem ainda sujeitos à medida de coação mais gravosa.
Refira-se que as audições vão decorrer na nova sala do Campus de Justiça no Parque das Nações, por motivos logísticos. Apesar de ser pertencente ao Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, o processo será, assim, realizado em Lisboa.