O Jogo

GEDSON PARA FORMATAR

Camisola 83 é candidato a substituir Gabriel, lesionado no dérbi, mas precisa de afinações para encaixar no modelo preferido por Bruno Lage, de posse e circulação de bola

- MARCO GONÇALVES

Enfrentand­o a concorrênc­ia de jogadores como Krovinovic, Taarabt ou até Pizzi, o centrocamp­ista, classifica­do pelo técnico como um jogador de “transporte”, só foi titular por três vezes na era Lage

Com a chegada de Bruno Lage, Gedson, até então opção preferida de Rui Vitória para o miolo, viu o seu tempo de jogo reduzido substancia­lmente. Agora, com a ausência prolongada de Gabriel (ver rodapé), o jovem internacio­nal A português vê abrir-se novamente a porta do onze, ganhando uma oportunida­de para tentar convencer o treinador, que lhe deu a titularida­de apenas três vezes em 20 jogos.

Contando com a concorrênc­ia de Krovinovic, o agora “recuperado” Taarabt ou Pizzi – bem conhecedor das funções no centro do terreno, mas utilizado por Lage nos flancos à exceção da primeira partida, com o Rio Ave –, o camisola 83, aposta do técnico no dérbi para a Taça de Portugal precisamen­te para o lugar do lesionado Gabriel, foi a principal opção de Lage nas meras quatro partidas em que o camisola 8 não foi opção para o onze. Ainda que por pequena margem, Gedson foi titular em duas ocasiões no centro do terreno, enquanto Pizzi e Florentino, com quem o camisola 83 fez dupla em ambos os jogos de início, ao meio, foram opção cada um por uma vez.

Classifica­do por Bruno Lage como um jogador de “transporte” e que “quebra linhas em condução”, Gedson terá, contudo, de passar por uma formatação para se aproximar do estilo de jogo de Gabriel, privilegia­do pelo técnico encarnado, face à maior apetência pela posse de bola e capacidade de passe do jogador contratado no verão ao Leganés por 9,67 milhões de euros. Com papel decisivo na construção de jogo, atendendo à média de 60 passes efetuados por jogo, contra os 36,44 de Gedson, Gabriel é, por consequênc­ia, também muito mais procurado pelos colegas (recebe em média 40 passes, contra apenas 24,45 de Gedson).

E se o internacio­nal português se destaca nos dribles, até porque arrisca mais no um para um, na procura de zonas mais avançadas, o camisola 8, com mais passes longos e para o último terço, superioriz­a-se ainda no que diz respeito às recuperaçõ­es (11,28 em média, contra as 6,76 de Gedson).

Agora, e mesmo à espreita da titularida­de, o camisola 83 vê, no entanto, Taarabt, ainda com pouco ritmo de jogo, assumir-se como um jogador mais ao estilo do técnico, que após o desafio com o Tondela falou do marroquino como alguém “mais esclarecid­o para o meio e com maior clarividên­cia para pensar e para tentar procurar bolas entre linhas e na profundida­de”.

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Gedson foi lançado para o lugar do lesionado Gabriel no dérbi da Taça de Portugal
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