CASTRO NÃO ESTÁ PRESO AO LUGAR
Treinador diz que se sentir que não é apreciado, será o primeiro a dar o passo para a saída
Luís Castro não se esquivou a comentar uma notícia que dava conta de um alegado interesse da SAD em Ivo Vieira, um rumor que circulou com insistência nos últimos dias em Guimarães
Numa semana em que foi noticiado que a SAD do Vitória tem Ivo Vieira debaixo de olho para o caso de Luís Castro não cumprir o contrato que o liga ao clube até junho de 2020, o tema não passou ao lado do treinador na conferência de Imprensa de antevisão do jogo com o Chaves. “O prazer de trabalhar no Vitória acompanha-me desde o primeiro dia. Portanto, a minha dedicação ao trabalho é total e não ligo minimamente a tudo o que é paralelo a isso. Se tenho o apoio da SAD? Acho que sim. Uma coisa a que estou habituado é que as pessoas sejam sinceras comigo; quando sentir que não deixo as pessoas felizes com o meu trabalho, não preciso que alguém me diga algo, eu dou o passo. Nunca andei de outra forma na vida. Hipocrisias não fazem parte do meu dia a dia. Mas mais importante do que euéa instituição; o Vitória está sempre acima de qualquer interesse pessoal”, respondeu Luís Castro, que em janeiro foi cobiçado pelo Reading, de Inglaterra, e chegou a equacionar a saída. “Nunca deixei de dar atenção máxima ao que me move, queéotrabalh odiá rio no Vitória. O que procuro fazerdi ar iam enteédes envolver trabalho de forma a dar satisfação e prazer a quem nos vê e a conseguir resultados através desse trabalho. Muitas vezes não conseguimos e ficámos tristes e desiludidos, mas isso nunca me desmotivou.”
Explicado este assunto, Luís Castro abordou a irregularidade da equipa. “Infelizmente não temos tido uma constância que nos permita estar descansados. Não estamos a conseguir dar continuidade a exibições bem conseguidas, fundamentalmente nos jogos fora. Isso tem atrapalhado um pouco o nosso caminho, mais do que o esperado”, admitiu, sublinhando também a “dificuldade de o Vitória ultrapassar equipas fechadas e animadas com a vantagem no marcador”. A conclusão é que “a falta de espaço tem criado problemas à equipa para virar resultados”.
Frente ao Chaves, um adversário “montado em cima dos corredores laterais e com muita profundidade ofensiva”, para lá de ter “dois médios que gerem bem o jogo interior”, o treinador espera que o jogo se realize no D. Afonso Henriques, decisão que depende da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (ver peça à parte). “Os nossos adeptos merecem que joguemos em casa; seria uma desilusão para eles se não fosse assim. Aliás, não coloco a questão de o jogo não se realizar em Guimarães.”
“Se tenho apoio da SAD? Acho que sim. As hipocrisias não fazem parte do meu dia a dia”
“A falta de espaço tem criado problemas à equipa para virar resultados”
Luís Castro
Treinador do V. Guimarães