O Jogo

CASTRO NÃO ESTÁ PRESO AO LUGAR

Treinador diz que se sentir que não é apreciado, será o primeiro a dar o passo para a saída

- TOMAZ ANDRADE

Luís Castro não se esquivou a comentar uma notícia que dava conta de um alegado interesse da SAD em Ivo Vieira, um rumor que circulou com insistênci­a nos últimos dias em Guimarães

Numa semana em que foi noticiado que a SAD do Vitória tem Ivo Vieira debaixo de olho para o caso de Luís Castro não cumprir o contrato que o liga ao clube até junho de 2020, o tema não passou ao lado do treinador na conferênci­a de Imprensa de antevisão do jogo com o Chaves. “O prazer de trabalhar no Vitória acompanha-me desde o primeiro dia. Portanto, a minha dedicação ao trabalho é total e não ligo minimament­e a tudo o que é paralelo a isso. Se tenho o apoio da SAD? Acho que sim. Uma coisa a que estou habituado é que as pessoas sejam sinceras comigo; quando sentir que não deixo as pessoas felizes com o meu trabalho, não preciso que alguém me diga algo, eu dou o passo. Nunca andei de outra forma na vida. Hipocrisia­s não fazem parte do meu dia a dia. Mas mais importante do que euéa instituiçã­o; o Vitória está sempre acima de qualquer interesse pessoal”, respondeu Luís Castro, que em janeiro foi cobiçado pelo Reading, de Inglaterra, e chegou a equacionar a saída. “Nunca deixei de dar atenção máxima ao que me move, queéotraba­lh odiá rio no Vitória. O que procuro fazerdi ar iam enteédes envolver trabalho de forma a dar satisfação e prazer a quem nos vê e a conseguir resultados através desse trabalho. Muitas vezes não conseguimo­s e ficámos tristes e desiludido­s, mas isso nunca me desmotivou.”

Explicado este assunto, Luís Castro abordou a irregulari­dade da equipa. “Infelizmen­te não temos tido uma constância que nos permita estar descansado­s. Não estamos a conseguir dar continuida­de a exibições bem conseguida­s, fundamenta­lmente nos jogos fora. Isso tem atrapalhad­o um pouco o nosso caminho, mais do que o esperado”, admitiu, sublinhand­o também a “dificuldad­e de o Vitória ultrapassa­r equipas fechadas e animadas com a vantagem no marcador”. A conclusão é que “a falta de espaço tem criado problemas à equipa para virar resultados”.

Frente ao Chaves, um adversário “montado em cima dos corredores laterais e com muita profundida­de ofensiva”, para lá de ter “dois médios que gerem bem o jogo interior”, o treinador espera que o jogo se realize no D. Afonso Henriques, decisão que depende da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (ver peça à parte). “Os nossos adeptos merecem que joguemos em casa; seria uma desilusão para eles se não fosse assim. Aliás, não coloco a questão de o jogo não se realizar em Guimarães.”

“Se tenho apoio da SAD? Acho que sim. As hipocrisia­s não fazem parte do meu dia a dia”

“A falta de espaço tem criado problemas à equipa para virar resultados”

Luís Castro

Treinador do V. Guimarães

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