O Jogo

Reviravolt­a dá oxigénio

A perder por 2-0 ao intervalo, o Tondela transfigur­ou-se, partindo para uma exibição que deixou o Portimonen­se sem fôlego

- CRISTINA AGUIAR

O Tondela quebrou o ciclo de seis derrotas consecutiv­as e saiu da zona de despromoçã­o. O Portimonen­se não teve resposta para a pressão asfixiante dos locais

O Tondela saiu da zona de descida, após um vendaval que durou 22 minutos na segunda parte e quebrou o ciclo de seis derrotas consecutiv­as. Uma mudança radical que terá deixado António Folha perplexo ao ver ruir uma vantagem de dois golos construída facilmente até ao intervalo, na sequência de dois lances de bola parada saídos dos pés de Paulinho.

O Portimonen­se apresentou um onze com três alterações (duas delas na defesa) na casa de um Tondela com TomanéeBru no Monteiro, que estiveram em dúvida toda a semana. Pepa arriscou um 4x2x3x1 pouco funcional, deixando Jhon Murillo na função de ponta de lança, tendo nas costas Tomané, um jogador mais talhado para atuar na área. Esta adaptação custou à equipa mobilidade ofensiva, apesar do esforço de Xavier nas ações criativas. A posse de bola deveria ter dado tranquilid­ade, mas os beirões não conseguiam ter critério, ao contrário dos algarvios, com um futebol rápido e objetivo. O golo de Jadson causou um choque, mesmo assim a equipa de Pepa não encontrava a agressivid­ade para furar a muralha defensiva. Já nos descontos, num livre do meio da rua, Paulinho aumentava para 2-0.

Pepa remodelou o esquema tá ticop ara asegund aparte com Sergio Peña e Patrick e a equipa ganhou confiança e atacou ferozmente o adversário. A reviravolt­a desenhava-se a cada minuto. E Tomané mostrou o caminho. Marcou o golo que daria início a uma noite que seria de glória também para Pité, que na primeira vez que tocou na bola atirou para o empate. O Tondela acreditou e não largou o último terço do terreno, retirando capacidade de resposta ao Portimonen­se. Um golaço de Ricardo Costa levantou as bancadas; e acabou expulso no último minuto dos descontos.

“A primeira parte foi penosa, faltou agressivid­ade. Havia jogadores emocionado­s ao intervalo, a equipa tinha de dar a vida em campo. Pena a falta de apoio” Pepa Treinador do Tondela

“Pusemo-nos a jeito, sem capacidade de pressionar e levámos com três golos. Cartões? Vou sempre pôr os melhores e até tive azar” António Folha Treinador do Portimonen­se

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Tomané deu muita luta aos algarvios (Pedro Sá) e ainda deu início à revolta do Tondela

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