Com o toque de Luiz Phellype
Bas Dost é um finalizador de área, mas o 29 tem atributos que mudam o estilo de jogo da equipa
O peso de Dost nas últimas épocas é inegável, mas enquanto atravessa um mau momento, o concorrente convence na sua vaga com golos e, acima de tudo, maior envolvimento na manobra coletiva
Luiz Phellype atravessa o seu melhor momento com a camisola verde e branca, somando três golos nas duas últimas jornadas, sinal evidente que o reforço de inverno dos leões está cada vez mais integrado na mecânica da equipa e entrosado com os colegas. Com Bas Dost de fora há três jogos (Chaves, Benfica e Rio Ave), o avançado brasileiro tem aproveitado da melhor forma a titularidade e tem convencido, mas não só com os golos, já que se trata de um atacante muito diferente do goleador holandês.
Enquanto Bas Dost é um ponta de lança puro, daqueles que se focam nas ações de finalização na área adversária, Luiz Phellype é um avançado com um toque de bola distinto, com maior capacidade de drible, de passe e, acima de tudo, maior envolvimento na manobra coletiva da equipa pisando uma zona mais ampla do terreno em relação ao holandês (ver informação relativa ao posicionamento ao lado). O golo apontado frente ao Rio Ave, no domingo à noite, é reflexo da maior mobilidade que oferece à equipa, da velocidade com que consegue protagonizar contra-ataques, da visão de jogo e qualidade de passe a desmarcar Wendel na esquerda, e da frieza com que finaliza perante a saída do guarda-redes.
Luiz Phellype fez apenas dois remates contra os vilacondenses (ambos à baliza, acabando um deles em golo), a eficácia de passe foi de 73%, a de duelos aéreos ganhos de 80%, e com duas recuperações de posse e quatro interceções, o camisola 29 revela também disponibilidade para fazer a pressão alta de que Marcel Keizer tanto gosta e que considera fundamental para praticar um bom futebol e vencer. Refira-se que aos três golos à leão, Luiz Phellype junta nove esta época pelo Paços.