RAPHINHA FAZ RUIR CASTELO VIMARANENSE
ABRE-LATAS Oitavo triunfo seguido na Liga do Sporting, melhor registo da época, teve golo e assistência do brasileiro, que roubou protagonismo a Bruno Fernandes
A polémica queda de Rochinha, em lance com Acuña, antes do 1-0 dará que falar. Mas a superioridade dos leões foi inequívoca: as defesas de Miguel Silva e as quatro bolas nos ferros demonstram-no
O Sporting vive o melhor momento de forma da temporada e chegou à nona vitória seguida, oitava para o campeonato, naquela que constitui a melhor sequência da época para Marcel Keizer e para os leões. A vítima de ontem foi o Vitória de Guimarães, derrotado por 2-0 sem apelo nem agravo, numa partida em que foi claramente inferior e dominado.
Apesar de uma boa entrada da equipa de Luís Castro – que surpreendeu ao deixar o ponta de lança Alexandre Guedes no banco, preferindo a mobilidade de Rochinha –, o canto do cisne dos vimaranenses aconteceu aos 15’, quando Davidson não agarrou um passe excelente de Ola John, que o deixara isolado ante Renan. A partir desse momento, o Sporting agarrou o jogo e foi acumulando lances de perigo uns atrás dos outros, valendo, nuns casos, os bons reflexos de Miguel Silva e, noutros, os ferros, onde os verdes e brancos acertaram três tiros de rajada: por Raphinha (18’), Bruno Fernandes (20’) e Luiz Phellype (32’).
Com Doumbia a substituir com eficácia o castigado Gudelj – apesar de algo faltoso, o marfinense jogou com enorme intensidade no meio-campo –, Bruno Fernandes teve carta branca para jogar sem posicionamento fixo e combinar quase sempre bem com os colegas de ataque, em especial com Raphinha. Os dois formaram uma sociedade letal e isso ficou bem patente no primeiro golo: um passe fabuloso do camisola oito e desmarcação e trabalho de qualidade do brasileiro para colocar a bola no fundo das redes.
Um lance muito contestado pelos vimaranenses, não pela legalidade da jogada do golo, mas por reclamarem uma falta (dentro ou fora da área?) de Acuña sobre Rochinha instantes antes. O árbitro e o VAR não atenderam aos protestos e o Sporting quase aproveitava a desorientação que se seguiu para aumentar a diferença, atirando a quarta bola da tarde aos ferros, a segunda de Luiz Phellype (45’+1’ ), a passe do capitão.
Se o resultado era escasso ao intervalo para a produção ofensiva da equipa de Keizer, a segunda parte não demorou a dar maior expressão à superioridade. Após uma primeira ameaça de Bruno Fernandes, um passe em profundidade de Renan colocou Raphinha no um contra um com Florent e o brasileiro deixou o lateral francês, que substituíra o lesionado Rafa Soares, nas covas para assistir Luiz Phellype no 2-0. Ainda sem Bas Dost, o atacante brasileiro continua a aproveitar para deixar a sua marca: quinto jogo seguido a marcar na Liga e sexto golo nos leões.
Com tudo praticamente resolvido, o Sporting fez uma gestão eficaz e que, ainda assim,lhe podia ter rendi domais alguns golos. Mais importante, controlou sempre bem o V. Guimarães, que foi quase sempre pífio na hora de rematar. Já a terminar, Davidson teve nova ocasião de ouro, mas foi tão desastrado como na primeira parte e nem conseguiu amenizar a terceira derrota consecutiva da equipa da Cidade-Berço.