O Jogo

E TUDO LEVOU O VENDAVAL ENCARNADO

RESPOSTA Equipa de Lage reagiu em grande à primeira parte superior dos arsenalist­as, engolindo e goleando o adversário para se isolar na frente da classifica­ção

- Textos MARCO GONÇALVES

Num jogo marcado por três grandes penalidade­s, uma para os da casa e duas para as águias, o Benfica, depois de tremer, foi capaz de mudar de face e aproveitar o percalço do FC Porto em Vila do Conde

Vacilando na primeira parte frente a um Braga que soube bloquear a estratégia encarnada quase na perfeição, o Benfica respondeu no segundo tempo com uma exibição de nota alta que lhe valeu o triunfo e a liderança isolada na Liga, com dois pontos de avanço sobre o FC Porto a três jornadas do final. Envolvendo os arsenalist­as num vendaval, do qual a formação de Abel Ferreira não conseguiu sair, as águias acabaram por impor uma goleada( e mais poderiam ter sido) a um rival ao qual este ano, na Liga, marcaram... dez golos, sofrendo três.

O empate do FC Porto frente ao Rio Ave, surpreende­nte pelo facto de o campeão ter estado a vencer por 2-0 os vilaconden­ses, gerou um ambiente de euforia entre os adeptos encarnados, mas a formação de Bruno Lage, confortáve­l pelo facto de lhe servirem dois resultados na Pedreira, não conseguiu transpor essa energia para o campo, por mérito de um Braga a jogar também na surpresa. Sem lateral-esquerdo, Abel Ferreira jogou num 3x4x3, que testara com sucesso no triunfo fora sobre o Feirense, procurando não só proteger oalaMu ri lom as tambémcon seguindo montar uma verdadeira teia, fruto da colocação de Claudemir, Palhinha, Fransérgio e Ricardo Horta em zonas centrais, travando a capacidade de construção das águias. Desconfort­ável no jogo, com um miolo lento na circulação de bola (Bruno Lage pediu por diversas vezes para acelerar esse processo) e ainda um flanco esquerdo onde Grimaldo e Rafa não tinham espaço para combinar e acelerar, o Benfica foi manietado por um Braga disposto não só a limpar a imagem deixada na Luz – derrota por 6-2 –, como Abel prometera, mas também à procura de corrigir um rendimento negativo nos duelos com os grandes em 2018/19 (terminou com uma vitória, dois empates e seis derrotas).

Apertados, os encarnados lateraliza­vam ou até recuavam a bola muitas vezes, enquanto os arsenalist­as se iam chegando mais vezes junto da baliza de Vlachodimo­s, merecendo ao intervalo a vantagem, que surgiu na cobrança de um penálti, por falta de Rúben Dias sobre Fransérgio.

Porém, o intervalo acabou por ter efeitos contrários nas duas equipas. De olho no título, o Benfica transfigur­ou-se e colocou o Braga em apuros. Os jogadores da casa não foram capazes de mostrara personalid­ade do primeiro tempo e foramrecua­ndo. Com Pizzifinal­m ente a carburar e João Félix, mais recuado, muito bem entrelinha­s, a equipada Luz criou lances de golo mas só chegou à vantagem fruto de dois penáltis, com Rúben Dias, pouco depois, a fazer o 3-1. O Braga chegou-se à frente, mas viu-se impotente para quebrar um adversário que após alguns momentos de descompres­são voltou a carregar no acelerador, sempre com vontade de fazer mais golos. E com a derrota, o Braga viu praticamen­te escapar a meta do terceiro lugar, pela distância de seis pontos para o Sporting.

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Dyego Sousa ainda criou dificuldad­es à defesa da Luz
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