O Jogo

JOVENS COM OUTRO AN DAMENTO

Os sub-19 portistas chegam à primeira final da competição embalados por um pedigree europeu que não se via no passado

- Textos ANA LUÍSA MAGALHÃES

Dragões podem tornar-se no primeiro clube português a vencer a Youth League. Os londrinos atacam o terceiro título

A juventude já não se confunde com inexperiên­cia. Se há uns anos a formação terminava sem desafios de grande exigência, o cenário atual é mais aliciante e o FC Porto é um exemplo claro da mudança

O FC Porto procura tornar-se hoje, às 17 horas portuguesa­s, na primeira equipa portuguesa a vencer a Youth League, num duelo com o Chelsea, carrasco das meias-finais da última época, nos penáltis. Em Nyon, nas conversas dos jornalista­s com jogadores e com o treinador Mário Silva, tem sido habitual fazer comparaçõe­s com o contexto de há um ano e há uma conclusão incontorná­vel: o FC Porto sente-sema is preparado, não só porque já ultrapasso­u o registo da época anterior, mas também porque as alterações recentes no quadro competitiv­o permitem que os jogadores cheguem à reta final da formação já com um assinaláve­l pedigree europeu. É outro andamento. Nada comparável com o que se registava há, por exemplo, dez anos, quando os juniores apenas competiam no campeonato nacional, o que por si só já é limitador. No caso dos dragões, basta referir que os jogos mais exigentes, diante de Sporting e Benfica, só tomam lugar na fase final, depois da competição a nível regional, na qual é ainda mais difícil testar os limites dos jogadores.

A Youth League, criada em 2013/14, suprimiu essa lacuna e até permite que equipas cujos seniores não estejam na Liga dos Campeões possam participar – precisamen­te o caso do jovem Chelsea. Não obstante, os jogadores do FC Porto, conforme mostra o quadro que aqui exibimos, ainda acrescenta­ram experiênci­a na Premier League Internatio­nal Cup, uma competição de escalão sub-23. Contas feitas, os atletas às ordens de Mário Silva acumulam 159 partidas internacio­nais, com direito a um recordista na Youth League: o guarda-redes Diogo Costa. Diogo Leite, chamado por Sérgio Conceição no início da época, até já atuou na Liga dos Campeões e foi por culpa desse “salto” que não se sagrou campeão europeu de sub-19 ao lado do guarda-redes e do companheir­o de posição Diogo Queirós. Os três, no entanto, já tinham sido campeões europeus de sub-17 por Portugal. Em sentido inverso, veja-se o caso de Fábio Silva, de apenas 16 anos: já deixa vários jornalista­s estrangeir­os em Nyon a perguntar“onde está o Fábio ?” e ainda pode participar em mais três edições daYouthLe ague, embora, a julgar pelo potencial que demonstra, provavelme­nte não o faça.

Outra prova de cresciment­o é a de sete jogadores desta lista já conhecerem uma competição

profission­al, a II Liga. Do lado dos londrinos, nenhum pode dizer o mesmo, mas já têm duas Youth League no palmarés e grandes mostras de resiliênci­a: apuraram-se nos penáltis nas duas últimas eliminatór­ias, depois de nunca terem estado em

O guardarede­s Diogo Costa (20 anos) detém o recorde de encontros disputados na Youth League. Por outro lado, o goleador Fábio Silva, de apenas 16 anos, que faz a estreia, já atrai muitas atenções em Nyon e ainda pode participar em mais três edições da prova

vantagem nos 90 minutos. O nome do perigo é Charlie Brown: a personagem de banda desenhada com quem partilha o nome tem problemas em acertar numa bola, mas ode carne eossoéomel­horm arca dor da prova, com 12 golos.

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Enviada especial a Nyon
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