DESEQUILIBRA NO DRIBLE
Em cinco tentativas com o V. Guimarães, Raphinha passou sempre pelos rivais. Tem uma média de 72,7% de sucesso no um contra um em 2018/19, contra 58,1% na época passada
Na última época foi o goleador dos vimaranenses, com 18 golos, mas em 2018/19 só vai em seis. A fintar é que leva uma média de 5,56 por dribles esta temporada, contra os 4,56 no ano transato. A subir...
O melhor Raphinha de 2018/19, qual especialista do drible, viu-se na última jornada, precisamente contra a sua anterior equipa, o V. Guimarães. O extremo brasileiro foi o dinamizador do ataque leonino, sendo decisivo para o desfecho da partida com um golo e uma assistência. Curiosamente, duas áreas nas quais fica aquém do que conseguiu pelo minhotos na época passada, mas ambas proporcionadas pela capacidade de drible (fintou Miguel Silva antes de marcar o 1-0 e Florent antes de assistir para o 2-0), uma arma mais usada com a camisola verde e branca que no passado: em média, segundo o “Wyscout”, faz 5,56 dribles por jogo e72,7%sãobem-sucedidos(no sábado não falhou um drible!), acima dos 4,56 tentados em 2017/18 com uma taxa de sucesso de apenas 58,1%.
Na sua última temporada na equipa vimaranense, Raphinha destacou-se pela capacidade finalizadora, acabando como o artilheiro da equipa, com 18 golos, a que juntou seis assistências (estes números caíram em Alvalade para somente seis golos e quatro assistências). Mas ao chegar aos leões, o arranque foi tremido (Nani era indiscutível, Diaby reforço e aposta forte e Jovane uma arma secreta) e custoulhe ganhar a titularidade, com uma lesão a complicar igualmente a sua afirmação. Certo é que a mudança para Alvalade lhe tirou dos ombros o peso de ter de ser ele a resolver a maioria dos jogos como o matador da equipa, tarefa destinada a outros colegas. É que com matadores como Bruno Fernandes (28 golos), Bas Dost (21) e, agora, Luiz Phellype (seis nas últimas cinco jornadas), o foco do extremo brasileiro é mais o um para um, a possibilidade de criar desequilíbrios. Raphinha tem pisado menos a área e mais os flancos e, como tal, remata menos que na última temporada: pelos leões, soma 59 remates (com 10,1% de eficácia) e na última época no Minho disparou 102 vezes (eficácia de 17,6%). Outro dado relevante para explicar o maior envolvimento de Raphinha no jogo coletivo tem a ver com os passes e os duelos ganhos, como se verifica no quadro anexo, pois em ambos supera os números obtidos no V. Guimarães.