O Jogo

ALÍVIO PARA O JANTAR

O Boavista ganhou terreno para quase todos os emblemas que lutam pela permanênci­a, ao vencer sem discussão um Moreirense que entrou no jogo demasiado tarde Uma jornada depois de dar alento ao Chaves, o Moreirense foi ajudar o Boavista a resolver a angústi

- MÓNICA SANTOS

Se esperar até domingo à noite não fez bem à expectativ­a de novo recorde de assistênci­a – baixou dos 16 mil para os 12 mil, não é drama –, foi, contudo, um bom tónico para o Boavista: adormeceu o Moreirense, embalado pela confirmaçã­o do sexto lugar e, dos quatro adversário­s que tem abaixo na classifica­ção, só o Chaves venceu (mas, esse é um problema, sobretudo, para o Tondela). Havia quatro pontos a ganhar para a zona de aflição e Lito Vidigal investiu tudo nisso. Sem o lateral-esquerdo Talocha, o treinador preferiu chamar Carraça e estender até ao outro flanco este lateral-direito adaptado, para não ter de recuar Gustavo Sauer. Decisão acertada, porque com ele na direita do ataque e Mateus na esquerda não houve paz para o Moreirense. De nada valeu a Ivo Vieira o recurso a três centrais. Pelo contrário, cedo se viu que abrir espaços até à área não era difícil e a ausência de ligação no ataque tornou inofensiva a sensação da prova. Com tudo a ganhar e terreno para pressionar, o Boavista carregou pela direita, de onde Rafael Costa atirou à barra, num livre, aos 24’, que fez o Bessa acordar para uma descarga da tal energia positiva que Lito Vidigal tanto pede – talvez com razão, porque dois minutos depois já se gritava golo, num canto de Sauer com desvio de Rafael Costa para o cabeceamen­to de Obiora.

Ivo Vieira não tardou a abdicar de um central para juntar Heriberto ao ataque, mas foi para o intervalo sem criar perigo. Foi preciso chamar Nenê para, na segunda parte, acabar a paz para a defesa da casa. Não deixar o Moreirense ter a bola passou a ser uma obsessão, plenamente justificad­a por Chiquinho. No entanto, essa era apenas parte da tarefa: havia que cavar a vantagem. Sauer sacudiu essa e outras angústias com um remate ao ferro para a recarga de Yusupha e o 2-0.

No fôlego seguinte, num livre, Bueno ofereceu o 3-0 a Falcone e deixou de haver discussão, apesar de Halliche reduzir, nos descontos, a lembrar a eficácia que fez a história deste Moreirense quase europeu.

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A primeira festa boavisteir­a ontem à noite: Obiora é saudado pelos companheir­os

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