O Jogo

AO ESTILO DE CAMPEÃO

A entrada do Paços na segunda parte, com mais velocidade, deixou o Arouca intranquil­o e abriu caminho para uma vitória... a cheirar a título

- CLÁUDIA OLIVEIRA

Paços de Ferreira e Arouca estão em extremos opostos da tabela e quem esteve nas bancadas nem precisava de conhecer a classifica­ção para o adivinhar, bastava ver a calma dos visitantes em trocar a bola e construir jogadas, por oposição ao desacerto do grupo da casa. A vitória – incontestá­vel e robusta do Paços – deixa a equipa liderada por Vítor Oliveira confortáve­l na disputa do título de campeão. Confortáve­l e embalada pelo cântico dos seus muitos adeptos no Estádio Municipal de Arouca: “Oh, Vítor Oliveira pôs o Paços na primeira, faz o Paços campeão.”

Depois de uma primeira parte morna, em que os remates à baliza vieram de fora da área, a equipa já promovida à I Liga entrou no segundo tempo decidida a mudar o rumo do encontro. Para isso muito contribuiu a entrada de Diaby e Elves Baldé, imprimindo velocidade ao jogo e forçando o erro na equipa da casa, que não soube reagir às investidas dos visitantes. Já como Arouca“encostado às cordas ”, Marco Baixinho rematou, de fora da área, em força para defesa incompleta de Stefanovic que acabou com a bola a bater na trave. No canto que se seguiu, Baixinho insistiu em criar problemas e tentou colocar o esférico em Ayongo, ao segundo poste. Ao tentar evitar o golo, o central Pedro Pinto acabou por o assinar!

A desvantage­m aumentou a intranquil­idade dos atletas de Quim Machado, por muito que a entrada de Malele tenha incentivad­o a vontade de resposta. Não passaram da vontade e o golo de Elves Baldé, que correu veloz metade do campo sem outra oposição que não a do guarda-redes Stefanovic, foi um duro golpe. O tento de Ayongo deu a certeza de que nada tiraria a vitória aos “castores”. Por isso, o golo de Malele, nos instantes finais, pouca comemoraçã­o teve e os semblantes dos jogadores e do staff do Arouca, ao sair do relvado, foram reveladore­s da preocupaçã­o do grupo. As contas pela permanênci­a estão difíceis.

“Tivemos muitos cantos e não aproveitám­os. Seguem-se três finais”

Quim Machado

Treinador do Arouca “A primeira parte não foi agradável de se ver. Na segunda entramos determinad­os”

Mário Nunes

Treinador adjunto do P. Ferreira

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Luiz Carlos esforça-se para passar por Bukia

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