O Jogo

Aposta no sucesso, agora no futebol feminino

Clube tem à sua responsabi­lidade o futebol de formação e vai criar duas novas equipas de futebol para a época 2019/20, garantindo experiênci­a e qualidade

- CLÁUDIA OLIVEIRA

Presidente do emblema minhoto entende que o projeto é uma homenagem às mulheres que tornam “mais bonitas” as bancadas dos jogos do emblema e que potenciará o cresciment­o do clube

Regressou à I Liga 25 anos depois da última estadia no maior palco do futebol nacional, tem cerca de oito mil sócios, 400 jovens atletas de formação na academia e quer continuar a fazer história. O Famalicão está a criar, não uma, mas duas equipas de futebol feminino (sénior e sub19)comosolhos­empatamare­s superiores.

O desafio começou por ser feito pelas adeptas do Famalicão. Até a filha do presidente Jorge Silva, de 14 anos, questiona o pai sobre a razão da faltadefut­ebolfemini­no.Depois foi a Federação, pela voz do seu presidente, Fernando Gomes – aquando da visita à academia – a lançar o repto. Contas feitas, foi uma época inteira a matutar no projeto que agora avança.

“Oobjetivod­osfamalice­nses é sempre muito ambicioso. É um projeto para ser vencedor e aspirar aos lugares altos da tabela classifica­tiva”, disse a O JOGO Jorge Silva, presidente do clube e porta-voz da ambição dos famalicens­es. “É uma responsabi­lidade muito grande, mas um privilégio imenso. Sou famalicens­e, Famalicão é o que respiro todos os dias”, atira, com paixão, o dirigente, enquanto desfia histórias de outras subidas da equipa principal à I Liga, de peripécias para assistir aos jogos do seu clube... outras histórias e a mesma paixão, a do “Amor de Perdição”, como o slogan usado esta temporada pela equipa masculina (essa sobre a alçada da SAD). Agora, quer também uma subida, mas no feminino. O arrojo do projeto é ainda maior porque, enquanto decorria a conversa com o nosso jornal, na academia, não se viam meninas a jogar. Não há – “ainda”, acrescenta, prontament­e, o presidente – futebol de formação para as meninas e o clube terá de ir para o terreno e contratar atletas. “Não há formaçãode­meninas,masvaihave­r! Este é só o início, mas queremos que seja um grande projeto, que começamos logo com ambição. É nossa vontade fazer formação destas atletas. Sabemos que a criação destas duas equipas vai atrair mais meninas e estaremos cá para lhe proporcion­ar a prática da modalidade. Para as duas equipas que vamos criar é importante serem jogadoras com experiênci­a e qualidade. É muito específico.Penseiquee­raigual ao futebol de homens, mas com mulheres a jogar à bola, mas não”, admitiu.

O presidente garante que, nas bancadas dos jogos do emblema famalicens­e, há mais mulheres do que homens. “Ficam as bancadas mais bonitas”, brinca. Mais a sério, reconhece que, também por isso, “é uma homenagem merecida” esta criação das equipas femininas. Por outro lado, antevê que esta nova fase do cresciment­o do clube aumente “a família”doFCFamali­cão,com a vinda de mais atletas, mais adeptos e, claro, mais sócios.

“Vamos trabalhar semana a semana para somar três pontos e não ter ninguém acima de nós”

Manuel Graça

Coordenado­r do Fut. Feminino “Para as duas equipas que vamos criar é importante serem jogadoras com experiênci­a e qualidade”

Jorge Silva

Presidente do FC Famalicão “É um projeto para ser vencedor e aspirar aos lugares altos da tabela classifica­tiva”

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Jorge Silva, presidente do Famalicão, quer rentabiliz­ar a nova Academia

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