Gonçalves julgado em setembro
No âmbito do eToupeira, o ex-assessor jurídico, estará em tribunal, acusado de 29 crimes
O início do julgamento do processo e-Toupeira terá início no próximo dia 25 de setembro. Ex-assessor jurídico da S AD encarnada, Paulo Gonçalve sé o principal im plicado neste caso e será julgado por 29 crimes (um de corrupção ativa, seis de violação de segredo de justiça, 11 de acesso indevido a informação e 11 de violação do dever de sigilo). Acusada de 30 crimes, a SAD do Benfica acabou por não ser pronunciada pela juíza Ana Peres, que também não levou Júlio Loureiro, funcionário judicial, à barra dos tribunais. A decisão foi alvo de recurso por parte do procurador do Ministério Público (MP), Valter Alves e nos próximos meses o Tribunal da Relação de Lisboa irá decidir se mantém a deliberação instrutória de Ana Peres. A presidente do coletivo de juízes deste caso será agora Ana Paula Conceição, que também ouvirá José Nogueira da Silva, o outro implicado que irá a tribunal.
Na argumentação do MP, foi defendida a pronúncia da SAD do Benfica por um crime de corrupção ativa, outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 28 crimes de falsidade informática, mas os advogados contratados pelas águias refutaram a acusação, considerando que o MP insistia “na busca incessante, errada e não sustentada” na responsabilização de atos alegadamente praticados pelo antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves. Ao ler a decisão instrutória, a 21 de dezembro, Ana Peres realçou que “os factos atribuídos a Paulo Gonçalves não podiam ser imputados diretamente à SAD do Benfica”, explicando que o responsável “não fazia parte dos órgãos sociais da pessoa coletiva, nem representava a pessoa coletiva”, sendo só um funcionário da SAD.