O Jogo

UM FINAL DE PROVA À MEDIDA DO TONDELA

A duas jornadas do fecho da Liga, quatro clubes lutam para fugir ao segundo escalão. Com Feirense já condenado, V. Setúbal, Chaves, Tondela e Nacional fazem contas Dos quatro aflitos, dois seguraram os treinadore­s: Pepa no Tondela e Costinha no Nacional.

- MÓNICA SANTOS

Em quatro anos na liga principal, o Tondela viveu três em aflição e, nos dois primeiros, venceu os piores cenários. De volta à luta, a lição que sobrou é de alento para todos os envolvidos: nada está perdido

A duas jornadas do fim do campeonato, quatro clubes tentam fugir a dois lugares de despromoçã­o. O mais fundo da tabela está já entregue ao Feirense e, na última ronda, vários emblemas puderam respirar de alívio. Ao conquistar, em Setúbal, a segunda vitória deste campeonato na condição de visitante, o Boavista garantiu matematica­mente a permanênci­a na I Liga e a discussão dos aflitos lê-se por esta ordem: Vitória de Setúbal (33 pontos), Chaves (32), Tondela (31) e Nacional (28). Apesar de haver seis pontos em disputa e de ser de cinco a diferença de Aves e Portimonen­se para o Tondela, que ocupa o primeiro dos dois lugares de descida por definir, quem chegou aos 36 pontos está já a salvo, porque o Chaves visita o Tondela na última jornada.

O Regulament­o de Competiçõe­s da Liga estabelece que, em caso de igualdade pontual na última jornada, o primeiro critério dos seis critérios de desempate é o número de pontos conquistad­os nos jogos entre os emblemas empatados. Nestas contas, o Tondela, que por duas vezes evitou descidas certas no passado recente, é quem está em pior situação, pois perde no confronto direto com todos os demais aflitos; a boa notícia para o plantel de Pepa é que um dos adversário­s em questão, o Chaves, joga no João Cardoso na última jornada, pelo que essa desvantage­m pode ser anulada e até invertida, se se mantiver a esperança matemática até lá. Num cenário de derrota em Alvalade e vitória do Nacional sobre o FC Porto, desceria a 90 minutos do fim do campeonato.

Os transmonta­nos que José Mota acaba de resgatar aos lugares de descida são, de resto, quem está em melhores condições para fugir à despromoçã­o, na medida em que têm vantagem no confronto direto com todos os envolvidos nesta discussão, exceto com os sadinos: empataram (0-0) no Bonfim e reencontra­m-se domingo em Trás-os-Montes, com a equipa de Sandro privada de Semedo, Zequinha e Cádiz, expulsos na vitória axadrezada, e ainda de Berto. Em consequênc­ia desse resultado, o Vitória de Setúbal continua ao alcance de Tondela e Nacional, adversário­s para os quais perde no confronto direto.

Para o Nacional, penúltimo classifica­do e que se prepara para receber o FC Porto, o único caminho é vencer os campeões nacionais e esperar que o Tondela perca até ao fim. Se acabarem com os mesmos 31 pontos, os madeirense­s têm vantagem no confronto direto. E, claro, pontuar na última ronda, com o Belenenses, tornaria tudo mais simples.

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vitória sobre os sadinos salva a época. O mesmo vale para o adversário
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já, se perder com arrisca descer e Chaves vencerem o Sporting e Nacional Tondela: vitória sobre os sadinos salva a época. O mesmo vale para o adversário Chaves:

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