Origi, o patinho feio que se fez... fénix
O pássaro mitológico com a capacidade de renascer das cinzas faz parte do símbolo do Liverpool, que deve ao belga o bilhete para a final da Liga dos Campeões
O futebol tem muitas histórias de heróis inesperados. Anteontem, um jogador que quase não entrava nas contas de Klopp bisou na notável goleada (4-0) ao Barcelona e tornou-se um deles
Divock Origi, 24 anos completados a 18 de abril, nasceu com genes de futebolista. O pai, Mike, foi 120 vezes internacional pelo Quénia e fez carreira na Bélgica, o país onde nasceria o mais recente e improvável herói do histórico Liverpool. Afinal, falamos de um jogador que praticamente não entrava nas contas de Jurgen Klopp: antes da partida de anteontem frente ao Barcelona jogara apenas 493 minutos esta época. Depois, somou mais 85, bisando no 4-0 que apurou a equipa para a final da Champions.
Mas o jogador que, ao “The Guardian”, confessou o desejo de ser psicólogo, se não fosse futebolista profissional, mostrou ter força mental para resistir a tudo: críticas, pouca utilização e uma época dececionante no Wolfsburgo, por empréstimo, em 2017/18.
Numa partida de tudo ou nada para os reds, Origi não se deixou abalar pelo facto de ter de fazer esquecer Firmino ou Salah. Jogou com a alegria de um miúdo na rua, com a inteligência de um veterano de inúmeras batalhas decisivas e foi letal na hora H.
E assim, aquele que em tempos já foi considerado o patinho feio de Anfield renasceu das cinzas, qual fénix, o mitológico pássaro que faz parte do símbolo do Liverpool.
O segredo do sucesso? “Foi a mentalidade que fez toda a diferença ”, comentou, lembrando o quarto golo :“Sabia que toda a gente estava cansada. Estas são coisas treinadas todo o ano nos treinos.”
“Foi a mentalidade que fez a diferença”
Divock Origi Jogador do Liverpool