O Jogo

PORTUGAL UM A UM

- —HUGO SOUSA

Rui Patrício 6 Começou o jogo a meter o pé, e bem, tirando um golo a Shaqiri, Agarrou um cabeceamen­to de Seferovic pouco depois, ainda que o jogo não lhe tenha exigido muito trabalho de mãos. Adivinhou o lado do penálti, mas a bola passou-lhe por baixo da mão.

Nélson Semedo 5 Freuler aqueceu-lhe os pés com uma entrada dura (10’), mas, não tendo sido por isso, a verdade é que esteve contido a subir. A dinâmica da equipa pedia-lhe cuidados defensivos, o que talvez justifique a timidez. O recurso ao VAR denunciou-o no penálti, mas um corte providenci­al, aos 87’, ajudou a equilibrar as coisas.

Pepe 6 Deixou-se antecipar por Seferovic apenas uma vez, e a bola bateu na trave. À margem disso, esteve seguro, sem complicar muito e a entender-se razoavelme­nte com Rúben Dias. Uma subida à área de ataque, com queda aparatosa, deixou-o KO... e o FC Porto a pensar se ainda terá centrais. Saiu debilitado.

Rúben Dias 6 Conhece bem as movimentaç­ões traiçoeira­s de Seferovic, mas isso não o livrou de alguns sobressalt­os, na vigilância dividida que lhe competia ao ataque suíço. Não inventou num jogo que pedia procedimen­tos simples.

Raphael Guerreiro 5 Um bocadinho mais atrevido do que Semedo, mas não muito. A verdade é que tinha as costas quentes pela proteção dada (a espaços) por William Carvalho, descaído sobre a esquerda. Quando subiu, as coisas raramente lhe saíram bem.

Rúben Neves 7 Nem sempre jogou o mesmo jogo de William e dos restantes parceiros de meiocampo, durante largo tempo uma manta de retalhos. Depois houve aquele passe soberbo para Bernardo no arranque do segundo golo. Com licença, que vale a pena soletrar: so-ber-bo!

William Carvalho 6 Descaído sobre a esquerda, tentou dar liberdade a Raphael e também ele arrastar a equipa para a frente, mas foi muitas vezes um elo perdido salvo pelo músculo; o físico dá-lhe sempre algum protagonis­mo. Subiu de rendimento com o decorrer do jogo, sem nunca atingir um patamar de encher o olho.

Bruno Fernandes 6 Mérito na forma rápida e desembaraç­ada como começou o terceiro golo. Até aí, sejamos honestos: escapou de raspão a um amarelo no arranque, ainda teve uma boa abertura para Bernardo (40’), mas pouco lhe saiu bem.

Bernardo Silva 7 Atento numa distração de Akanji (11’), isolou Ronaldo, procurando circular por várias zonas para tentar colar os cacos de uma estratégia com alguma anarquia de movimentos. Esteve quase a conseguir um penálti (53’), não tivesse o VAR detetado um penálti suíço antes desse. Foi ainda dele a bela receção e assistênci­a para o segundo golo de Ronaldo.

João Félix 5 Cartada de Fernando Santos, teve missão ingrata, forçado a jogar numa zona do terreno em que dificilmen­te seria bem-sucedido. Ainda é um “estagiário” na Seleção, sujeito a essas missões de sacrifício para encaixar no onze.

José Fonte 5 Substituiu Pepe, mas o jogo não lhe exigiu mais do que atenção q.b.

Gonçalo Guedes 6 Deu nas vistas no contraataq­ue do terceiro golo, em articulaçã­o com Bruno Fernandes e Ronaldo. Nada mau.

João Moutinho –

Só entrou. Mais nada.

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