O Jogo

Shaqiri deu a corda toda ao relógio suíço

- PEDRO ROCHA

A admirável sincronia da Suíça chegou a ser um problema para a Seleção Nacional. Com um par de deslizes, o central Ankaji quase borrou a pintura logo no começo, mas depois a equipa entrou em velocidade de cruzeiro, com Shaqiri a espalhar magia como podia, sempre com a intenção de servir Seferovic. Ronaldo é que encravou por completo os ponteiros daquele relógio tão certinho.

Defesa A defesa dos helvéticos assumiu dois tipos de organizaçã­o: sem bola, apareciam quatro defensores a tapar todos os caminhos possíveis para a baliza à guarda de Sommer; em situação de ataque organizado, o lateral Mbabu descolava dos colegas mais recuados para se transforma­r num ala, sempre pronto a cruzar para a área, ficando o sector entregue a Schar, Akanji e Rodríguez. Nem tudo saiu bem, como se verificou com Ankaji, mas a principal vítima (de Ronaldo) acabou por ser o guarda-redes.

Meio-campo A fluidez de jogo da seleção suíça verificou-se especialme­nte a meio-campo, com Freuler, Xhaka, Zakaria e Zuber a entenderem-se às mil maravilhas, apostando mais vezes nos passes bem medidos e nas aberturas para os corredores do que em correrias com a bola. Sempre de olho na baliza, Zuber acabou por cavar um penálti, num despique de bola com Nélson Semedo.

Ataque De tanque cheio de energia e sempre muito imprevisív­el nas ações, Shaqiri deu o toque de classe ao adversário de Portugal. Pelo centro, pelas alas ou até mesmo ao lado de Seferovic, foi uma ameaça constante. O avançado do Benfica, incrivelme­nte hábil a movimentar-se na área, alimentou-se muito à custa dele, mas faltou-lhe pontaria; o melhor do número 9 foi uma bola à barra.

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