Campeões ao estilo de André Silva
Equipa de sub-15 subiu ao campeonato principal do escalão e será a única do emblema histórico a participar em provas nacionais
Clube quer repetir feito noutros escalões e voltar a formar atletas da craveira do internacional luso André Silva, agora no Milan e cedido ao Sevilha. O jogo de domingo, em Paredes, será uma formalidade
A equipa de sub-15 do Salgueiros sagrou-se, a uma jornada do fim e com mais quatro pontos do que o segundo classificado, campeã e vai representar o clube nos campeonatos profissionais. “Esta é uma conquista de significado enorme. Estamos a tentar, passo a passo, chegar à dimensão de nacional em todos os escalões. Somos um clube com mais de 100 anos e queremos chegar ao nível nacional”, considerou, a O JOGO, Pedro Seixas, vicepresidente e responsável pela formação do clube histórico. Com um passado rico em presenças nos campeonatos nacionais de seniores – incluindo na Taça UEFA (1991/92) –, recentemente o clube passou por um processo de reestruturação e recuperação do nome original (Sport Comércio e Salgueiros ). A equipa de sub-15é a única do emblema portuense a participar em provas nacionais. Curiosamente, uma equipa de atletas com a mesma idade que André Silva tinha quando desta cantera saiu para chegar ao FC Porto.
“Temos de trabalhar criar condições de saírem jogadores para a equipa sénior mais tarde. Queremos ter mais Andrés Silvas! Temos de dar atenção aos mais novos, construir a casa pela base. Os jogadores que subiram estão há seis ou sete anos na escola do Salgueiros. Agora queremos manter esta equipa e subir outras equipas ao nacional nos próximos anos. Vamos devagarinho, de baixo para cima... é preciso ter dedicação e paciência”, esclareceu o coordenador da escola de formação com cerca de 300 atletas, dos quatro aos 19 anos.
Com casa nova – depois de a Câmara do Porto lhes ter entregue a gestão do Complexo Desportivo de Campanhã por 20 anos – querem ressuscitar a mística salgueirista. No jogo do título, no domingo, frente ao Nogueirense, viram-se os primeiros sinais. “Foi dos primeiros jogos em que senti que estávamos em casa... o campo estava cheio. Os próprios miúdos sentiram que era jogo grande. Sabíamos que se ganhássemos éramos campeões. Houve foguetes, fumo... foi bonito”, resumiu, emocionado, Pedro Seixas.