“PLANTEL DÁ TOTAL GARANTIA”
SÉRGIO CONCEIÇÃO O plantel está fechado e o treinador declarou-se satisfeito com o grupo que reuniu para atacar o campeonato e um lugar na Champions, “onde o FC Porto merece estar”
“Estamos aqui por culpa própria, porque não ganhámos o campeonato. Temos de assumir essa responsabilidade e olhar para estas pré-eliminatórias com a obrigação de as passar” “Há muitos empresários – não estou a dizer mal (...) – cada vez mais a tentarem fazer o seu negócio” “É extremamente difícil ficar com o mesmo plantel dois ou três anos. Não imaginam o que é o trabalho das estruturas do futebol…”
Pré-época de qualidade deixa a equipa preparada, apesar de o Krasnodar ter quatro jogos de avanço. Favoritismo é uma questão que não se coloca. Marchesín e Marega são opções assumidas Sérgio Conceição mostrou-se bastante satisfeito com a competitividade do plantel e elogiou a ambição de um grupo que só pensa em melhorar. Esclareceu as situações de Aboubakar e de Diogo Leite, questionou os russos e desvalorizou a ausência do banco.
O facto de amanhã não poder estar no banco terá alguma influência no jogo?
—Eu não estou e penso que o treinador do Krasnodar também não estará. Obviamente que é sempre melhor o treinador principal estar perto dos jogadores e do jogo, no sentido de poder modificar algo momentaneamente, mas tenho, e devo dizê-lo, confiança total na equipa técnica, que está em completa sintonia. Não há problema absolutamente nenhum em que o treinador principal não esteja no banco.
Como sente a equipa para a primeira mão desta eliminatória de acesso à fase de grupos da Champions?
—Sinto a equipa motivada, como tem sido nos últimos dois anos. Sinto uma ambição muito grande. Estamos aqui por culpa própria, porque não ganhámos o campeonato. Temos de assumir essa responsabilidade e olhar para estas pré-eliminatórias com a obrigação de as passar para estarmos onde o FC Porto merece estar, que é na fase de grupos da Liga dos Campeões. Toda a gente sabe que, a par de Real Madrid e Barcelona, o FC Porto é o clube com mais presenças na Liga dos Campeões. Temos de olhar para isso sem qualquer tipo de arrogância, com realismo, perceber que diante de nós está uma equipa que tem um sonho grande, pelo investimento que fez e por tudo aquilo que conseguiu nos últimos anos. É uma equipa muito competitiva, com uma dinâmica muito interessante e vamos encontrar dificuldades. Mas estatísticas, favoritismo e investimento só existem até o árbitro apitar. Já conta com Marchesín para jogar? — Se não contasse com ele não tinha vindo. Marega ainda não tem qualquer jogo de preparação... — Também! Se não contasse com ele, não tinha vindo. Os dois jogos com o Krasnodar são os mais importantes deste mês, tendo em conta tudo aquilo que está em jogo, sobretudo financeiramente, ou olha para eles apenas como os próximos?
— Primeiro este e depois o Gil Vicente para o campeonato. Vamos ter um ciclo de oito jogos em 25 dias, mas temos um plantel que nos dá total garantia para termos sucesso nos jogos. Mas todos os jogadores, todos mesmo, dão essas garantias.
Apesar da renovação da equipa e das mudanças tão grandes, sente a equipa preparada?
— Sim, as mudanças fazem parte do futebol e cada vez mais. O futebol é um recomeçar constante, em todas as situações. No treino de hoje queremos estar melhor do que no treino de ontem, o jogador pensa em abraçar uma carreira fora daquilo que é o clube em questão e também é verdade que isso existe. Há muitos empresários – não estou a dizer mal, mas podia dizer mal de alguns – cada vez mais a tentarem fazer o seu negócio. É extremamente difícil ficar com o mesmo plantel dois ou três anos. Não imaginam o que é o trabalho das estruturas do futebol… É muito difícil lidar com essa situação. Alguns jogadores do passado não estarão, mas estarão outros e de certeza que estes têm uma valia importante para dar seguimento ao sucesso que o FC Porto tem tido, mais há dois anos do que na época passada.
Não teve sucesso no último campeonato. Com tantas mudanças, o plantel é bom para alcançar os objetivos?
— Claro que sim. Nos últimos dez anos, os dois anos em que o FC Porto fez mais pontos foram os dois últimos: 88 pontos e 85 pontos. O primeiro ano foi fantástico, o ano passado não foi tão fantástico, porque ficámos no segundo lugar. Este ano vamos tentar, com menos pontos, ganhar o campeonato.