O Jogo

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- ANTÓNIO M. SOARES MANUEL FERNANDES

A última equipa russa que se cruzou com o FC Porto foi o Lokomotiv, há menos de um ano . No meiocampo jogava Manuel Fernandes, que aconselha respeito, mas vê o Krasnodar ao alcance do dragão.

O FC Porto esteve sete vezes na Rússia antes de hoje se apresentar em Krasnodar à procura do sexto triunfo neste país. O último, há menos de um ano, teve adversário “português”. No Lokomotiv, que perdeu por 3-1 em Moscovo e 4-1 no Dragão, jogavam Éder e Manuel Fernandes. O segundo era, até, a principal estrela da equipa. Ninguém melhor do que ele, portanto, para responder à pergunta que mais facilmente pode situar os portistas em relação àquilo que este Krasnodar vale. “Está um degrau abaixo do Lokomotiv da época passada”, respondeu o médio português a O JOGO, sem qualquer hesitação, apesar de a classifica­ção final da última liga russa ter deixado as duas equipas com 56 pontos (vantagem no desempate para o Lokomotiv, que ficou em segundo e entrou direto na Ligados Campeões juntamente­como campeãoZen­it ).“Um nível abaixo”, insiste sobre o adversário que a sorte da UEFA colocou no caminho do vice-campeão português para esta terceira pré-eliminatór­ia de acesso à Champions.

“O Krasnodar é um adversário ao alcance do FC Porto. Na época passada foi a equipa que praticou o futebol mais vistoso da liga russa, mas está perfeitame­nte ao alcance. Gosta de jogar em posse, ataca muito pelo corredor central e com muitos jogadores”, começou por descrever. “A equipa vale pelo seu coletivo, não tem jogadores que se destaquem muito, embora o ponta-de lança brasileiro, Ari, seja um jogador que segura bem a bola e sabe jogar de costas para a baliza. O trinco, Gazinskiy, também trabalha muito e bem à frente da defesa e ajuda a ter

“Ari joga bem de costas para a baliza, Gazinskiy dá equilíbrio e Claesson soma profundida­de” “O FC Porto prefere ter posse, mas se der a iniciativa e explorar o contraataq­ue, pode colher frutos”

bola. Equilibra a equipa e permite que esta se solte. Têm ainda um sueco nas alas, o Viktor Claesson, que dá muita profundida­de no ataque. Enfim, têm várias armas”, descreveu. Mas, se assim é, como se explica o tal degrau abaixo de um Lokomotiv que não foi propriamen­te um rival complicado para os dragões? “O Krasnodar é uma equipa que não se acanha com bola, sabe sair a jogar, ocupa bem os espaços quando ataca. Os problemas aparecem mais quando é preciso recuperar, porque se projetam muito para a frente e depois sentem dificuldad­es em voltar”, justificou. Por isso, se Sérgio Conceição aceitar um conselho, Manuel Fernandes não cobra nada: para dominar, até pode dar jeito ser…dominado. “Por esta altura, a equipa técnica do FC Porto deve ter reunido todas as informaçõe­s necessária­s para saber como joga o Krasnodar, mas há alguns aspetos que podem ser explorados para os colocar em dificuldad­es, como aproveitar bem as transições e os espaços que concedem. O FC Porto é mais uma equipa de posse de bola, mas se ceder a iniciativa ao Krasnodar e explorar o contra-ataque pode colher frutos. Mas depende de como pegarem no jogo”, indicou.

Apresentaç­ões feitas, “o FC Porto tem equipa para ganhar ou fazer um bom resultado na Rússia que seja favorável para a segunda mão”. Se assim não for, haverá sempre o Dragão. “É difícil jogar lá, como percebemos na época passada. Para o FC Porto é uma vantagem poder jogar no Dragão na segunda mão, porque aí podem corrigir, ou resolver de vez esta eliminatór­ia. Mas é como digo, têm uma equipa forte para fazer um bom resultado na Rússia”, esclareceu, ele que está sem contrato mas não pensa voltar ao Lokomotiv, apesar da insistênci­a dos russos. “Não é opção nesta altura. Ainda estou à espera para arranjar uma alternativ­a que me agrade e me permita continuar a jogar”, esclareceu.

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