RP-BOAVISTA REPETE VITÓRIA POR JOÃO BENTA
Jóni Brandão mantém camisola amarela e ganha segundos a Gustavo Veloso
João Benta deu a segunda etapa consecutiva aos axadrezados, enquanto os quatro candidatos ao triunfo final adiaram para hoje, na Senhora da Graça, uma luta que provavelmente se decidirá no Porto
“Não me recordo de uma Volta a Portugal tão renhida até ao fim”, comentou Rúben Pereira, diretor desportivo da Efapel, no final da cerimónia do pódio de Felgueiras, na qual o líder da sua equipa, Jóni Brandão, vestiu a camisola amarela com o mesmo segundo de vantagem para João Rodrigues, mas já 18s para o outro candidato da W52-FC Porto, Gustavo Veloso, e 34s para Vicente García de Mateos, do Aviludo-Louletano, pois estes cederam mais três segundos num final rápido e emotivo em Santa Quitéria. O técnico da Efapel tinha toda a razão, pois as emoções deste ano parecem superaras de 2013 – Alejandro Marque surpreendeu e bateu Gustavo Veloso e Rui Sousa no contrar relógio final –, originando até marcações entre os líderes que ontem permitiram a João Benta isolarse e dar à Rádio Popular-Boavista o segundo triunfo consecutivo em etapas. Para os axadrezados esta já é aedição mais bem sucedida deste século, pois, além das vitórias, têm praticamente assegurado o triunfo na montanha, com Luís Gomes, e lideram por equipas.
“É a maior felicidade que podemos ter. O Benta já merecia uma vitória”, comentou o diretor desportivo José Santos, depois de ver o seu ciclista ir no encalço do portista Edgar Pinto, que ultrapassou para terminar isolado.
Os boavisteiros, que ainda perseguiram e anularam a longa fuga de Ricardo Mestre – arma da W52-FC Porto para acelerar a corrida (média de 41,342 km/h) e desgastar a Efapel –, lançando depois ataques já a preparar o arranque de Benta no último quilómetro, foram sagazes ao aproveitarem as marcações entre Efapele W52-FC Porto, que foram ao extremo de Jóni Brandão e João Rodrigues terminarem lado a lado.
Gustavo Veloso e Vicente García de Mateos não conseguiram responder aos arranques, o que pode ser um mau sinal para hoje. “Foi explosivo, um ritmo de morte. Já me sinto melhor e perdi pouco tempo, não foi mau”, desabafou Gustavo Veloso, ainda a recuperar da queda de Bragança. Apesar da confiança de Jóni Brandão para o contrarrelógio final, Veloso será talvez, caso se mantenha a 18 segundos, o maior dos candidatos ao triunfo final. Antes disso, no entanto, há a Senhora da Graça!
“A Volta só termina no Porto e sei que o Jóni se vai defender bem” Rúben Pereira Diretor desportivo da Efapel