Guardião Koffi em destaque num arranque equilibrado
Algarvios tiveram mais remates e oportunidades
“Pelo caudal ofensivo que tivemos e pelas oportunidades criadas, o resultado poderia ter sido outro se não fosse o guarda-redes” António Folha Treinador do Portimonense
“Fizemos algumas alterações táticas e tivemos oportunidades, no final, mas o adversário também as teve. Qualquer uma das equipas podia ter feito golo” Silas Treinador do Belenenses
Mais remates e mais oportunidades dos algarvios, se bem que a resposta dos azuis, depois de Silas ter mudado duas vezes de sistema, quase dava frutos
Tal como nos dois jogos da época passada, Portimonense e Belenenses repartiram os pontos, mas desta vez sem golos, no arranque da I Liga. Um empate entre iguais, que, de facto, se equivaleram em largos períodos, com os dois treinadores certamente satisfeitos com os vários reforços que lançaram. O espetáculo melhorou no segundo tempo, mercê de uma entrada forte dos algarvios, a que responderam os lisboetas com nuances táticas que já são imagem de marca de Silas.
As duas equipas apresentaram sistemas idênticos, com um médio mais defensivo (Pedro Sá e André Santos) e um outro pronto a intervir com frequência nos lances ofensivos (Paulinho e Lucca), o que resultou numa toada equilibrada durante a primeira parte, muito embora os algarvios tivessem crescido nos minutos finais. Aos 44’, porventura na jogada de melhor recorte técnico, Paulinho e Anzai causaram perigo junto à baliza de Koffi, mas o internacional do Burquina-Fasorespondeucom acerto. Mais em posse os algarvios, privilegiando as transições os lisboetas, a verdade é que escassearam as oportunidades de golo, pese alguns momentos agradáveis de ambas as formações, qualquer delas com caras novas em relação à última época, mas mantendo a mesma identidade.
Ao intervalo, Silas tirou Dieguinho e mudou para 4x4x2, juntando Licá a Kikas, mas foi o Portimonense a reentrar melhor, com Paulinho e depois Iury a colocarem à prova os reflexos de Koffi. Só quando a aposta foi em três centrais, com a entrada de Kau e a saída de André Sousa, é que os azuis chegaram à baliza de Ricardo Ferreira, valendo dois cortes de Willyan a evitar males maiores. Mas já antes, porém, centros cirúrgicos de Anzai só não tiveram o devido prémio porque a “presença” de Koffi e a pouca pontaria de Iury não o permitiram. Em suma, a tal igualdade entre equipas que adotam o futebol positivo como cartão de visita. E ainda bem.