TRIUNVIRATO CONTRA O PSG
Com lusos ao comando, Mónaco, Bordéus e Marselha vão procurar melhorar desempenhos sem esperanças no título
Parisienses venceram seis das últimas sete edições da Ligue 1 e têm argumentos muito superiores aos demais clubes franceses. Lille e Lyon são os mais fortes candidatos aos outros lugares do pódio
A Ligue 1 arrancou ontem com uma vitória (3-0) do Lyon no Mónaco (ver texto na página ao lado). Uma liga onde três dos 20 clubes são liderados por treinadores portugueses, que representam quase metade dos sete técnicos estrangeiros na I liga francesa. O primeiro a entrar em ação foi Leonardo Jardim. O luso-venezuelano está à frente dos monegascos desde 2014/15, com uma interrupção de 11 de outubro de 2018 a 25 de janeiro deste ano, quando foi chamado para salvar da despromoção o clube que o despedira antes. Amanhã, às 16h30, será a vez de André Villas-Boas se estrear oficialmente no Marselha, na receção ao Reims, depois de ter estado por opção um ano e meio fora dos bancos. Às 19h00, Paulo Sousa lidera os girondinos em Angers, sendo que o antigo internacional luso chegou ao clube a meio da época passada.
Apesar de todos estes técnicos já contarem no currículo com títulos nacionais em mais de um país (ver perfis ao lado) – Jardim até quebrou a hegemonia do PSG em 2017 – e orientarem clubes históricos, nenhum deles se atreverá a sonhar sequer com uma vitória na Ligue 1, a qual parece estar, novamente, reservada para os parisienses. Quais são então os objetivos e expectativas dos técnicos portugueses para a nova temporada? Certamente obter melhores classificações do que em 2018/19.
Além de vencer uma liga, Jardim tinha colocado sempre o Mónaco no pódio até à temporada passada, em que a equipa – desmembrada por inúmeras e sucessivas vendas – acabou em 17.º lugar. Ainda com algumas e importantes dúvidas no plantel, nomeadamente a permanência ou não de Falcao, o Mónaco ambicionará, no máximo, a lutar pela Europa. No Bordéus, 14.º na última liga, os investimentos foram mínimos e Paulo Sousa, apesar de um discurso de ambição dificilmente terá argumentos para mais do que uma liga descansada e entrar na primeira metade da tabela. Já o Marselha foi quinto na época passada, mas nem assim garantiu um lugar na Europa. AVB, que conta com Ricardo Carvalho como adjunto, chegou para fazer melhor que Rudi García, mesmo sem grande margem para ir ao mercado, onde Benedetto (ex-Boca Juniors) foi o único reforço de peso.
Em relação ao campeão, todos apostam no PSG de Thomas Tuchel que possui argumentos muito superiores ao das restantes equipas. E nem a novela sobre o futuro de Neymar (ver página 30) deverá abalar uma equipa recheada de estrelas e cuja figura maior é cada vez mais Mbappé.
Na luta pelo pódio o Lille, vice-campeão, e o Lyon (3.º) surgem bem colocados para essa luta. Apesar de vendas importantes como as de Pépé e Rafael Leão, os dogues investiram para manterem a competitividade e jogarem na Champions e o mesmo se pode dizer do Olympique.
Metz e Brest são as novidades esta época e vão tentar manter-se entre os grandes.