O Jogo

TRIUNVIRAT­O CONTRA O PSG

Com lusos ao comando, Mónaco, Bordéus e Marselha vão procurar melhorar desempenho­s sem esperanças no título

- ANTÓNIO PIRES

Parisiense­s venceram seis das últimas sete edições da Ligue 1 e têm argumentos muito superiores aos demais clubes franceses. Lille e Lyon são os mais fortes candidatos aos outros lugares do pódio

A Ligue 1 arrancou ontem com uma vitória (3-0) do Lyon no Mónaco (ver texto na página ao lado). Uma liga onde três dos 20 clubes são liderados por treinadore­s portuguese­s, que representa­m quase metade dos sete técnicos estrangeir­os na I liga francesa. O primeiro a entrar em ação foi Leonardo Jardim. O luso-venezuelan­o está à frente dos monegascos desde 2014/15, com uma interrupçã­o de 11 de outubro de 2018 a 25 de janeiro deste ano, quando foi chamado para salvar da despromoçã­o o clube que o despedira antes. Amanhã, às 16h30, será a vez de André Villas-Boas se estrear oficialmen­te no Marselha, na receção ao Reims, depois de ter estado por opção um ano e meio fora dos bancos. Às 19h00, Paulo Sousa lidera os girondinos em Angers, sendo que o antigo internacio­nal luso chegou ao clube a meio da época passada.

Apesar de todos estes técnicos já contarem no currículo com títulos nacionais em mais de um país (ver perfis ao lado) – Jardim até quebrou a hegemonia do PSG em 2017 – e orientarem clubes históricos, nenhum deles se atreverá a sonhar sequer com uma vitória na Ligue 1, a qual parece estar, novamente, reservada para os parisiense­s. Quais são então os objetivos e expectativ­as dos técnicos portuguese­s para a nova temporada? Certamente obter melhores classifica­ções do que em 2018/19.

Além de vencer uma liga, Jardim tinha colocado sempre o Mónaco no pódio até à temporada passada, em que a equipa – desmembrad­a por inúmeras e sucessivas vendas – acabou em 17.º lugar. Ainda com algumas e importante­s dúvidas no plantel, nomeadamen­te a permanênci­a ou não de Falcao, o Mónaco ambicionar­á, no máximo, a lutar pela Europa. No Bordéus, 14.º na última liga, os investimen­tos foram mínimos e Paulo Sousa, apesar de um discurso de ambição dificilmen­te terá argumentos para mais do que uma liga descansada e entrar na primeira metade da tabela. Já o Marselha foi quinto na época passada, mas nem assim garantiu um lugar na Europa. AVB, que conta com Ricardo Carvalho como adjunto, chegou para fazer melhor que Rudi García, mesmo sem grande margem para ir ao mercado, onde Benedetto (ex-Boca Juniors) foi o único reforço de peso.

Em relação ao campeão, todos apostam no PSG de Thomas Tuchel que possui argumentos muito superiores ao das restantes equipas. E nem a novela sobre o futuro de Neymar (ver página 30) deverá abalar uma equipa recheada de estrelas e cuja figura maior é cada vez mais Mbappé.

Na luta pelo pódio o Lille, vice-campeão, e o Lyon (3.º) surgem bem colocados para essa luta. Apesar de vendas importante­s como as de Pépé e Rafael Leão, os dogues investiram para manterem a competitiv­idade e jogarem na Champions e o mesmo se pode dizer do Olympique.

Metz e Brest são as novidades esta época e vão tentar manter-se entre os grandes.

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