As milhas também pesam nas pernas
Sessenta por cento dos jogadores ouvidos pela FIFPro acusam o impacto das viagens longas
O problema da sobrecarga dejogosnãoseesgotanosminutosqueaspernasacumulam.No caso dos jogadores internacionais, acresce o desgaste das viagensprovocadaspeloscompromissos das seleções, num cenário agravado para os não europeus,quetêmdeenfrentar oefeitojet-lag,pelamudançade vários fusos horários. Veja-se o casodeSon,doTottenham.Entre25demaiode2018e13dejunho de 2019, o sul-coreano somou 78 jogos e 110 600 quilómetrosemviagensdeavião.Éo mesmoqueir15vezesdePortugal à Rússia! Num inquérito conduzidopelaFIFProa543jogadores,60%admitemquevoos superioresaduashorastêmum impacto significativo na recuperação,desempenhoe/ousaúde.
No mesmo inquérito, 85% acham necessário introduzir umainterrupçãoduranteaépocaeosjogadoresinternacionais são mais sensíveis a estas questões. “Se queres dar cem por centoecorrespondersempreàs expectativas que os outros têm sobre ti, precisas de uma pausa paraterestodaaforçaparaoque vem a seguir”, afirma, à FIFPro, Kevin Trapp, guarda-redes alemão do Eintracht Frankfurt, quecompetenumcampeonato comumapausanoinverno,mas motivada pelas condições climatéricas. Por fim, entre os jogadores que fazem mais de 50 jogosporépoca,46%achamque fazem jogos a mais e metade admite que o número de partidas influencia negativamente o desempenho e/ou saúde.