Destroçar primeiro e aguentar depois
Transições letais e coesão defensiva quando o discernimento encolheu valeram o triunfo ao Krasnodar, alimentado pela visão de Vilhena e a inspiração de Suleymanov Defesa O trabalho a sério só começou na segunda parte. Safonov só teve de se aplicar num remate de Marega (58’), porque o resto que defendeu saiu-lhe à figura. A exceção foi o golo de Luis Díaz - talvez pudesse ter feito melhor. Os centrais agradeceram a ajuda de Fjóluson, e aos laterais Petrov e Ramírez nunca faltou o devido apoio dos extremos. Meio campo Que luxo é ter um jogador como Tonny Vilhena, que tanto batalha pela bola como a trata lindamente. Não perdoou quando apareceu sozinho, aos 3’, e deu gás à descompensação do flanco esquerdo portista com o passe que permitiu a Suleymanov cavalgar para o 3-0. Kombolov foi o médio de combate num meio-campo que raramente apareceu descompensado, graças à ajuda dos alas. Suleymanov estava endiabrado e, antes do terceiro golo, já tinha batido o canto para o 1-0 e assinado o segundo numa desmarcação ativada por Wanderson, outro jogador que não destoou na qualidade técnica e deixou Saravia completamente perdido. A pressão portista retirou o discernimento, mas houve solidariedade e abnegação de sobra. Ataque Berg e Cabella eram os homens mais adiantados e complementavam-se: o primeiro oferecia robustez e só não acabou com a reação portista antes de ela começar (52’) porque Marchesín não deixou; o segundo, mais móvel e com capacidade para trabalhar desde o flanco, era outro elemento que sabia tratar muito bem a bola. Ambos foram substituídos quando a ordem era, acima de tudo, defender. Ignatyev esteve discreto, mas Stotsky ainda viu Marchesín negar o golo aos 85’.