HÁ LUZ AO FUNDO DO TÚNEL
Sérgio Conceição: “Fizemos um jogo no FC Porto” com qualidade, o normal
HAT TRICK DE ZÉ LUÍS E GOLO DE LUIS DÍAZ DÃO RESPOSTA FIRME AO DESAIRE DA CHAMPIONS ANTES DO CLÁSSICO
Zé Luís:
“Foi uma
noite
perfeita”
A uma semana de jogar na Luz, o FC Porto não se quis atrasar mais na luta pelo título e entrou muito bem no jogo, iniciando cedo a goleada. O V. Setúbal bem pode queixar-se das defesas monstruosas de Marchesín O FC Porto respondeu com uma goleada e com uma exibição de gala às derrotas com o Gil Vicente e o Krasnodar, saindo do Dragão de barriga cheia. Pelos golos que marcou, mas também pela exibição que a equipa realizou, num jogo em que Zé Luís fez um hat trick. O avançado caboverdiano jogou ao lado de Marega, com quem se entendeu às mil maravilhas. O maliano esteve em bom plano, foi altruísta, fez a assistência para o 4-0, marcado por Luis Díaz, e estava com uma vontade enorme de marcar. Só faltou mesmo levantar a camisola e provar que está em boa forma e que a polémica criada à sua volta não tinha mesmo razão de ser. Pelo que jogou, provou que podem contar com ele.
A aposta em Marega e Zé Luís foi uma das alterações que Sérgio Conceição apresentou em relação ao jogo de quarta-feira, contra o Krasnodar. Mais atrás, no meio-campo, Romário Baró foi aposta para a ala direita, com o miúdo a jogar à frente de Corona. O mexicano foi a terceira aposta para o lado direito da defesa em apenas quatro jogos na presente temporada, remetendo Manafá para o banco e Saravia para a bancada. Tecatito mostrou à-vontade a defender e a atacar, confirmando, mais uma vez, que pode ser uma boa solução, num sector que tem dados dores de cabeça.
Com uma entrada forte, e com um apoio incessante do público, o FC Porto começou cedo a construir a goleada. Primeiro pela dinânica e pela criatividade dos seus jogadores, depois pelo pé direito e pela cabeça de Zé Luís. Mas também porque tem na baliza um grande guarda-redes. Marchesín voltou a deixar a sua marca com defesas verdadeiramente monstruosas e decisivas. Aos 18’, numa altura em que os dragões venciam apenas por 1-0, o guardião argentino evitou o golo de Hachadi com uma defesa sensacional.
Ao intervalo, a perder por 2-0, Sandro Mendes mexeu na equipa. Vilela ficou no balneário e entrou Carlinhos, que foi posicionar-se ao lado de Nuno Valente, mas com liberdade para construir jogo, numa equipa balanceada para o ataque com as presenças de Zequinha, Berto, Éber Bessa e Hachadi. Mas ontem deram de caras com o acerto defensivo portista.
A ganhar e a jogar um futebol que dava para encantar, com algumas pinceladas de toques artísticos, o FC Porto foi aumentando a vantagem. Os golos surgiram de uma forma natural porque os dragões colocavam vários jogadores no último terço do campo, pressionavam o adversário logo à saída da grande área defendida por Makaridze e confundiam o V. Setúbal pelas constantes trocas posicionais entre os atacantes. Face a esse poderio atacante, os dragões ampliaram a vantagem novamente por Zé Luís, na sequência de um canto apontado por Alex Telles. Foi, aliás, sem surpresa que depois chegou o quarto pelo pé direito de Luis Díaz, que se estrou a marcar na Liga, depois de uma grande jogada entre Zé Luís e Marega. Isto enquanto atrás, no setor mais recuado, brilhava Marchesín com duas defesas soberbas a evitar o golo de Hachadin e a recarga de Éber Bessa, desviando a bola para a trave. O argentino bem mereceu a sorte.