O Jogo

Rafa e Pizzi fazem tudo

Azuis estavam a complicar, mas cada um deles marcou e assistiu o outro

- Textos ANTÓNIO PIRES

Lage: “Só um

grande Benfica

podia parar

este Belenenses”

Silas “Tivemos

oportunida­des

para fazer

três golos”

Duas vitórias na liga, sete golos marcados e zero sofridos, mais o 5-0 ao Sporting na Supertaça. Um registo imaculado das águias, antes da receção ao... FC Porto da terceira jornada do campeonato

O Benfica segue na liderança do campeonato, para já apenas empatado com o recém-promovido Famalicão, depois de ontem ter ganho, por 2-0, ao Belenenses no Jamor. Um rival que na época passada roubara cinco pontos às águias, três no estádio Nacional e dois na Luz, tendo este último desafio, em março, sido o único que Bruno Lage não ganhou para a liga em 21 jogos.

Para mais um triunfo dos encarnados – dois na liga e outro na Supertaça nos três encontros disputados esta temporada –, muito contribuiu a dupla de abre-latas que resolve quase todos os problemas que a equipa possa encontrar. Falamos de Rafa e Pizzi, absolutame­ntedecisiv­osnamanobr­a ofensiva da equipa, criando e finalizand­o oportunida­des a um ritmo impression­ante. Ontem, combinaram nos dois golos, o primeiro de Rafa e o segundo de Pizzi, mas foi sobretudo o camisola 27 quem mais brilhou com aceleraçõe­s fulgurante­s, várias só travadas em falta e punidas com cartões amarelos.

Avisado do poder ofensivo do Benfica e da capacidade que este tem em colocar muitos jogadores na área, Silas procurou contrariar isso apresentan­do uma equipa montada com três centrais, o que permitiu ter vários vezes um jogador na dobra para um corte decisivo quando já se adivinhava o golo.

Com um ritmo alto e melhor dinâmica, o Benfica encostou o rival às cordas no início, graças ao envolvimen­to dos laterais, às diagonais de Rafa e Pizzi e trocas posicionai­s de De Tomás e Seferovic, muito perdulário. O golo não surgiu, méritotamb­émparaoelá­stico Koffi, e com o passar dos minutos o Belenenses foi ganhando alguma tranquilid­ade. Melhorou a percentage­m de passes certos e esboçou uns contra-ataques. Teria mesmo, a terminar a primeira parte, ocasião de ouro para abrir o marcador, mas Kikas não superou o gigante Vlachodimo­s, que salvou mais uma vez as águias.

Contra um rival como o Benfica, já se sabe, é fundamenta­l ser eficaz para ter um bom resultado. E a equipa de Silas, não obstante o bom desempenho, pagou a incapacida­de de chegar ao descanso na frente do marcador. Aos 59’, uma perda de bola de André Santos foi capitaliza­da por Rafa com um remate indefensáv­el. Com o Belenenses mais balanceado para o ataque, Seferovic (74’), isolado diante Koffi, perdeu o 2-0 e isso poderia ter tido um custo elevado. Mas a segunda flagrante oportunida­de dos azuis também não foi aproveitad­a por Nico Vélez, aos 79’, quando Nuno Tavares falhou um corte em zona proibida.

Um aviso que acordou o conjunto de Bruno Lage: aos 84’ construiu um golo de grande qualidade coletiva, com Chiquinho a assistir Seferovic, mas este estava fora de jogo no início do lance. Aos 90’+2’, Rafa aproveitou perda de bola e assistiu Pizzi para um remate inteligent­e, arrumando as dúvidas quanto ao vencedor. Segue-se a seguir o clássico contra o FC Porto.

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BENFICA 2
BELENENSES 0 BENFICA 2
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Chiquinho fez um passe para golo que foi invalidado
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