O Jogo

O despertar dos cónegos

Moreirense-Gil Vicente 3-0

- LINO DEVESAS

Os cónegos entraram a tentar impor o seu jogo e, no sentido inverso, impedir a dinâmica ofensiva contrária. Vantagem confortáve­l surgiu muito cedo

O Moreirense recebeu e venceu, ontem, o Gil Vicente, por uns conclusivo­s 3-0. Um resultado que pode causar surpresa em virtude da recente vitória dos gilistas sobre o FC Porto, proeza que assinalou o seu regresso à elite do futebol português. Uma semana antes, os gilistas tinham eliminado, com toda a justiça, o Aves da Taça da Liga. Percurso inverso apresentav­a a equipa de Moreira de Cónegos, eliminada da Taça da Liga, em Setúbal, e derrotada em Braga na estreia do campeonato. Estados de espírito diferentes, mas circunstan­ciais, como ontem se verificou. A equipa de Vítor Campelos entrou a tentar mandar no jogo, conferindo-lhe a intensidad­e que lhe convinha. A vantagem surgiu muito cedo, na sequência de um livre em que Fábio Abreu surgiu inexplicav­elmente solto ao segundo poste. Estava dado o mote para quase mais meia hora de excelente nível dos locais, período durante o qual Fábio Abreu, sobre a pequena área, disparou muito por cima (14’ ). Sem grande capacidade para contrariar a tendência do jogo, os forasteiro­s viram pouco depois Bilel elevar a contagem, após passe de rotura de Fábio Pacheco. Nos últimos dez minutos, os locais baixaram a intensidad­e mas mantiveram em segurança a sua baliza. Vítor Oliveira aproveitou o descanso para tirar os dois laterais e meter um defesa e um atacante, deixando a sua equipa a jogar com três defesas. É certo que, também por eventual estratégia do adversário, o Gil Vicente ganhou ascendente e mais posse bola, acercando-se mais vezes da área contrária mas sem materializ­ar esse assédio. E coube a Luther Singh, recém-chegado e entrado no jogo, colocar um ponto final em eventuais dúvidas através de um indefensáv­el pontapé. Apesar dos números, os forasteiro­s não esmorecera­m, mostraram uma boa atitude, e causaram uma ou outra aflição, com destaque para o remate de Lourency à barra, num livre direto.

“Entrámos fortes no jogo e chegámos ao 2-0. Essa foi a estratégia para defrontar uma equipa forte”

Vítor Campelos

Treinador do Moreirense “O resultado é justo, pois entrámos displicent­es no jogo e oferecemos dois golos. Ao intervalo ainda tentámos mudar”

Vítor Oliveira

Treinador do Gil Vicente

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Fábio Abreu, avançado do Moreirense que abriu o marcador, não evita o corte de Rodrigo

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