O Jogo

Sérgio Conceição “Jogo normal para o FC Porto”

Treinador elogiou jogadores e até adeptos, pela forma como deram a volta a uma “semana difícil”, na ressaca da eliminação da Liga dos Campeões

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Quatro golos ao Vitória de Setúbal sublinhara­m num tom de azul carregado o regresso à normalidad­e, numa noite em que Zé Luís brilhou. Treinador crê que ainda pode render mais e demarcou-se da escolha

“Eu não sou muito dessas coisas ”, explicou-se Sérgio Conceição, cujas primeiras palavras, após a goleada ao Vitória de Setúbal, foram para jogadores e público: “É uma semana difícil para o FC Porto. Não estamos habituados ater desaires, ainda por cima, dois e, principalm­ente, o último, que nos custou uma presença na Ligados Campeões. Dentro do que era a difi- culdade do jogo, mais nesse aspeto emocional, a choque toda agente está de parabéns, sinceramen­te ”, declarou o treinador portista, antes de abordar uma partida que a equipa tornou fácil.“Entrámos muito bem ”, elogiou ,“precavidos” para o “4X3X3” de Sandro e com uma atitude“agressiva, forte, a pressionar muito, a criar cinco, seis ocasiões de golo nos primeiros 15 minutos ”. Para Sérgio Conceição, contudo, foi num“corte infeliz de Danilo”, a facilitar o caminho para a baliza, sem que daí tivesse resultado golo, que sentiu que as coisas iam ser “completame­nte diferentes”. “Fizemos uma segunda parte segura, com dois golos, podíamoste­r feito mais e o adversário também é verdade que chegou uma vez com perigo à nossa baliza. Jogo bom, da nossa parte, com qualidade, ma sé o normal do FC Porto ”, sublinhou. A mudança de ritmo, no segundo tempo, não beliscou a essência do encontro .“Não podemos esquecer que Ma rega não fez a pré-época, praticamen­te. O Matheus Uribe chegou há uma semana ... É preciso saber gerir o jogo, controlar, mas, criando sempre perigo, e foi o que fizemos na segunda parte”.

A noite foi da reconcilia­ção possível. “O estado de espírito não pode ser o melhor e não é esta vitória que vai fazer com que tudo seja uma maravilha, agora. Nada disso. Temos muito trabalho pela frente, mas estamos consciente­s do que temos a fazer”, referiu no Porto Canal. A noite, porém, foi dominada pela eficácia de Zé Luís, um jogador que Sérgio Conceição assegurou não ter sido ele a escolher. “Isso é completame­nte errado. Não há aqui nenhum jogador meu. Se não, ia para minha casa jogar, tenho lá um jardim fantástico. Todos são escolhidos em sintonia com a Direção do clube”, precisou, e defendeu que Zé Luís “pode render mais”. “Passou quatro anos a marinar” e este é o valor que conhece nele e fez questão de associá-lo às virtudes dos demais avançados. Tratou mesmo de nomeálos, para deixar claro que todos contam. Foi isso, de resto, que transmitiu a Otávio, que “estava para entrar” e foi ultrapassa­do por Fábio Silva na escolha do treinador para a última substituiç­ão. “O Otávio é importantí­ssimo para nós, como são todos os outros. O que lhe disse: não foi neste; se calhar, é no próximo. Os jogadores são todos essenciais para a nossa caminhada e não podemos esquecer que estamos no início, estamos a lutar pelas três competiçõe­s internas e pelas competiçõe­s europeias, também”.

“Dentro do que era a dificuldad­e do jogo, no aspeto emocional, toda a gente está de parabéns” “O estado de espírito não pode ser o melhor e não é esta vitória que vai fazer com que tudo seja uma maravilha” “Não há aqui nenhum jogador meu. Se não, ia para minha casa jogar. São escolhidos em sintonia com o clube” “Não somos de controlar o jogo de forma passiva. Somos uma equipa agressiva, faz parte do ADN”

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Marcano e Guedes disputam um lance aéreo

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