Números de uma estrela precoce
É muito cedo para se criarem estrelas, embora o trabalho de prospeção que o Gil Vicente fez para se preparar para o regresso à I Liga mereça aplausos e figuras precoces. Kraev e Lourency são duas delas. Ambos se destacaram na eliminatória contra o Aves que conduziu os gilistas à fase de grupos da Taça da Liga e os dois fizeram os golos que derrubaram o FC Porto com estrondo. Para este espaço escolhemos o extremo brasileiro, porque aparece em todos, ou quase todos, os índices ofensivos mais relevantes. A figura da primeira jornada do campeonato não podia ser outra. É certo que Pizzi e Nuno Tavares (Benfica) também marcaram e assistiram, mas num contexto de jogo em casa contra um adversário menor, com todo o respeito que o P. Ferreira mereça. O extremo brasileiro conseguiu-o num jogo muito difícil contra um candidato ao título e num jogo muito especial: o do regresso do Gil à I Liga, 13 anos depois. E entrou ainda noutros rankings. Foi, por exemplo, o terceiro que mais rematou na primeira jornada, o que mais vezes acertou na baliza (50% dos seis disparos). E à objetividade juntou fantasia, com 10 dribles tentados, menos apenas do que os 14 de outro brasileiro (Carlos, do Santa Clara). Nesta matéria não foi, no entanto, tão eficaz, pois apenas concretizou três com sucesso. Bem sucedido foi também nos cruzamentos: fez dois e num deles encontrou Kraev para o 2-1 do Gil Vicente. O portista Alex Telles foi, a este nível, que mais tentou. Sem surpresa...