DIREÇÃO CONTRA MINORIA RUIDOSA
Equacionada abertura de processos a sócios que insultaram órgãos sociais
Reação forte à contestação sofrida na AG de quinta-feira
JOÃO SAMPAIO É O “VICE” PARA A ÁREA JURÍDICA E DENUNCIOU A RELAÇÃO TENSA COM UM GRUPO ORGANIZADO DE
ADEPTOS
Impedimento da intervenção de Sousa Cintra deu o mote para críticas cerradas aos contestatários incendiários. Uma claque é apontada como um dos principais focos de desestabilização
O Sporting reagiu ontem aos acontecimento socorridos na AG da véspera. “Não podemos admitir numa associação que tem a democracia tão instituída nos estatutos que haja uma pessoa que não consegue falar na assembleia”, começou por referir à Sporting TV João Sampaio, “vice” para a área jurídica, antes de prosseguir: “Foi uma situação muito grave, os sportinguistas precisam de mobilizar-se para que não se repita. Tivemos um ex-presidente, o presidente Sousa Cintra, que não conseguiu falar numa assembleia do clube de que é sócio. Independentemente dos cargos que ocupou, do seu contributo, do mérito que tem, Sousa Cintra é sócio do Sporting e tem de poder falar. Isto é gravíssimo.”
O mote estava dado, a resposta aos contestatários estava por dar e tinha destinatários: a Juventude Leonina, além dos indefetíveis partidários de Bruno de Carvalho. “Ontem, subimos um grau na escalada da violência verbal. Isto porque se associou ao descontentamento um grupo organizado de adeptos [GOA]. Os adeptos já se aperceberam disso no estádio e puderam aperceber-se disso outra vez na AG. A violência verbal, que pode facilmente resvalar para a violência física,éo grande responsável por todas as dificuldades que o clube teve desde os incidentes de Alcochete. Portanto, não podemoscompactuar com isto”, atirou. “Os sportinguistas já têm dado sinais no estádio, em relação aos comportamentos violentos dos GOA. O nosso apelo é que critiquem a Direção,quandoacharemque têm que criticar. Mas pacificamente, respeitando os direitos de todos e deixando que a democracia flua”, apelou, antes de contextualizar:
“A relação que estava instituída com os GOA não era saudável. Os GOA aceitaram, com alguma relutância, a mudança de paradigma. Três dos GOA aceitaram muito bem e adaptaram-se muito bem a este protocolo, sem nenhuma dificuldade. Há um grupo organizado de adeptos que não está muito satisfeito – estou a ser eufemístico – e mobilizase no descontentamento ruidoso.”