Manafá custou 3 milhões e Militão rendeu quase 29
Dragões gastaram um total de 52,4 milhões de euros (incluindo encargos adicionais) na aquisição de passes de atletas e encaixaram mais-valias líquidas no valor de 47,8 milhões
Portistas adquiriram mais 25 por cento do passe de Felipe antes de o brasileiro ser vendido ao Atlético de Madrid e cederam 3,5 por cento do passe do Corona a terceiros. Saravia confirmado por 5,25 M€
Com a divulgação completa do Relatório e Contas Consolidado do FC Porto relativoa2018/19,quefechoucom um resultado positivo de quase 9,5 milhões de euros, foi possível perceber que as alienações de passes geraram mais-valias líquidas no valor de 47,8 M€ e que os gastos com a aquisição de atletas rondaram os 52,4 M€. Nesta quantia estão incluídos encargos adicionais de sensivelmente 8 M€, dos quais 6,2 M€ foram respeitantes a serviços de intermediação.
Manafá, comprado em janeiro ao Portimonense, custou três milhões de euros por 60 por cento do passe; Loum, inicialmente cedido pelo Braga, um total de 7,75 M€ [ver mais página 19]; e Saravia, o primeiro reforço de 2019/20, foi adquirido por 5,25 M€ ao Racing. No que toca a vendas, a de Militão, que foi a mais avultada do último exercício financeiro (50 M€), gerou uma mais-valia de pouco mais de 28,4 M€. O Real Madrid, no entanto, ainda tem 40 M€ por entregar relativos ao negócio do brasileiro, ao invés do Atlético, que já tem liquidada mais de metade da dívida respeitante à compra de Felipe. O nome do brasileiro, de resto, surge também na rubrica respeitante às aquisições, uma vez que, em março, antes de o transferir, os dragões adquiriram mais 25 por cento do seu passe ao Corinthians por 4 M€.
Ainda em matéria de operações relacionadas com jogadores, realce para a alienação de uma pequena posse de Corona, que em março prolongou o contrato com o FC Porto até 2022. Os portistas detinham 70 por cento dos direitos económicos do mexicano a 30 de junho de 2018, mas um ano volvido surgem com “apenas” 66,5. A percentagem é ligeiramente superior à que a SAD ainda possui de Bueno (65%), cuja rescisão, como explicou o administrador Fernando Gomes, contribuiu para a subida dos custos com o pessoal para os 91,6 M€.
Na mensagem do presidente, que abre este relatório, Pinto da Costa lembra que a época de 2018/19 “foi intensa, com muitos momentos de grande qualidade”, mas que “terminou sem a conquista dos desejados troféus”. “Umas vezes por manifesta infelicidade, outras porque fatores extrafutebol se sobrepuseram ao confronto no relvado”, escreveu o líder da SAD, que recorreu ao sucesso na Youth League para “antever um futuro feliz” para os azuis e brancos.
“[Falta de troféus] Fatores extrafutebol sobrepuseramse ao confronto no relvado”
Pinto da Costa
Presidente da SAD do FC Porto