O Jogo

MEDVEDEV ESTENDE O ESTADO DE GRAÇA

O russo de 23 anos e número 4 do ranking ATP sagrou-se vencedor do Masters de Xangai. Na sexta final seguida no circuito, obteve o terceiro título

- MANUEL PEREZ

As dúvidas, se é que chegaram a existir, estão dissipadas! O russo Daniil Medvedev é, logo atrás do “Big 3” (Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer), o novo patrão do ténis mundial

Daniil Medvedev vai manter-se no quarto lugar do ranking regular da ATP, restando saber por quanto tempo mais, visto ser terceiro na Race, ou seja, na tabela que só inclui os resultados desta época e na qual ultrapasso­u Roger Federer, para se colocar na perseguiçã­o a Rafael Nadal e a Novak Djokovic. Este momento extraordin­ário na carreira do moscovita, de 23 anos, voltou a refletir-se no Masters de Xangai, evento em que ontem se impôs na final ao alemão Alexander Zverev (6.º), por 6-4 e 6-1, em 73 minutos!

Na China, conquistou o segundo Masters seguido, após Cincinnati, e o quarto título do ano – campeão em Sófia e São Petersburg­o –, tendo disputado nove finais. Duas delas perdidas para Nadal: Masters de Montreal e US Open.

Depois de perder, no início de julho, na terceira ronda de Wimbledon, Daniil Medvedev atingiu sempre as finais dos seis torneios que jogou, alcançando os tais três títulos e perdendo em Washington, Montreal e US Open. Somou nesses eventos um total de 4350 pontos, subindo de 10.º para quarto no ranking e embolsando 4,8 milhões de dólares, 1,2 relativos ao triunfo no

Daniil Medvedev ganhou em Xangai a terceira das seis finais seguidas desde julho

Andrei Medvedev Masters chinês.

Radicado em Monte Carlo, mas a treinar há cinco anos no sul de França, sob a supervisão do técnico gaulês Gilles Cervara, Medvedev é, além do jogador com mais finais jogadas nesta temporada, o que venceu o maior número de encontros: 59! O “fibroso” (1,98 metros) tenista compensa a agressivid­ade que coloca em jogo com o modo algo introverti­do como festeja um título. Foi assim, ontem, em Xangai,justifican­do:“Procuro ficar calmo, pois fiz bem o meu trabalho. É do género: Boom! Está feito!”

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