O Jogo

Pizzi, Gonçalo Paciência e Bernardo também marcaram

GOLEADA Portugal derrotou a Lituânia e está a uma vitória de marcar presença pela 11.ª consecutiv­a na fase final de uma grande competição

- Textos SÉRGIO ANDRÉ

Ronaldo fez um hat trick e confirmou a Lituânia como a sua maior vítima . O adversário não ofereceu resistênci­a numa noite em que Bernardo Silva e Ricardo Pereira também estiveram em grande

Foram seis, mas poderiam ter sido doze... Ninguém estranhari­a se tivesse acontecido um resultado bizarro, tal a fragilidad­e do adversário de Portugal na corrida ao Euro’2020. Mas a Seleção não tem culpa disso e fez o seu papel no Algarve. Atingiu o objetivo: teve momentos de espetáculo, divertiu o público e, tão importante como isso, os jogadores divertiram-se, transmitin­do uma energia positiva para o futuro. Ficaram alguns golos na gaveta, é verdade, mas talvez surjam no próximo fim de semana.

O campeão europeu está a um pequeno passo de atingir pela 11.ª vez consecutiv­a a fase final de uma grande competição. Falta um pequeno passo, mas, pelo andamento, domingo fecham-se as contas com saldo positivo. Aliás, Fernando Santos disse na última conferênci­a de imprensa que “vamos estar no Europeu” e, se o selecionad­or diz, não há como contestar.Lembram-sedoque profetizou em França? Pronto, estamos descansado­s. Mas, se isso não for suficiente, podemos sempre recorrer à estatístic­a para recordar que o engenheiro nunca vacila nos dois últimos jogos de apuramento para uma grande competição. Assim foi na seleção da Grécia e, claro, na Seleção portuguesa. Já não dá para apanhar a Ucrânia na liderança do grupo, mas o segundo lugar está cada vez mais perto de se confirmar.

Num jogo de sentido único, aliás como se previa, e com ajustament­os no onze inicial devido às muitas ausências por lesão, Santos não abdicou do 4x3x3, com Ronaldo à esquerda, mas com liberdade para se colar a Gonçalo Paciência no corredor central. E o capitãopor­tuguêsquis­muitas vezes, tantas que começou por iniciar o recital na marcação de uma grande penalidade após uma falta que o próprio sofreu, isto numa altura em que o adversário ainda tentava perceber onde estavam os jogadoresp­ortugueses.Aequipa não abrandou o ritmo, é verdade que lhe foi permitida toda a liberdade – a diferença entre as duas seleções é abismal – e fechou a primeira parte com novo golo da estrela portuguesa. Gonçalo Paciência aproveitou o erro adversário e assistiu o CR7, que, percebendo a deslocação do guarda-redes Setkus da baliza, rematou em jeito para o fundo das malhas. Se resolvido estava, mais resolvido ficou. A fragilidad­e do opositor era tão grande que os adeptos aplaudiram as poucas vezes em que Patrício tocou na bola. Na direita, a grande novidade foi Ricardo Pereira, que, bem ao estilo inglês (ver caixa), derreteu a defesa adversária. Pizzi e Bernardo Silva agradecera­m a potência e velocidade do lateral-direito do Leicester, que varreu tudo o que lhe foi aparecendo pela frente e infiltrou-se no ataque como uma serpente.

A resistênci­a era nula e Portugal ia destilando veneno, tanto que na segunda metade do desafio marcou quatro golos. Bernardo Silva tornou-se ainda mais intenso, Ronaldo não perdeu o foco da baliza e

Ricardo Pereira continuava em alta rotação no corredor direito, levando atrás de si Pizzi, Bernardo Silva e Bruno Fernandes. Os golos foram surgindo com naturalida­de. A Lituânia defendia-se como podia, mas o caudal ofensivo da equipa lusa não parava. Pizzi fez o terceiro, Gonçalo Paciência o quarto, Bernardo o quinto e Ronaldo fechou a contagem antes de abandonar o relvado. Nota ainda para a estreia de Diogo Jota.

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Alta rotação de Ricardo criou embaraços à Lituânia
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