Fernando Santos “É final, mas vamos estar no Euro”
GARANTIA Técnico não tem dúvidas de que Portugal vai superar teste no Luxemburgo para carimbar a defesa do título. Recusou individualizar exibições, mas abordou CR7
“Vamos procurar fazer o mesmo no Luxemburgo, ainda que seja um rival diferente” “Ronaldo estava em condições. Eu não tinha dúvidas. Havia um ruído à volta da situação” “Mobilidade? Jogámos assim contra a Itália e Polónia. Depende de cada jogo” “Hoje eliminámos os erros cometidos na Lituânia e a qualidade veio ao de cima”
Feliz com o 6-0 que coloca Portugal numa posição confortável para garantir nova qualificação, selecionador foi curto num discurso em que destacou a mobilidade da equipa e reiterou a confiança
••• No Euro’2016 prometeu que só regressaria dia 11 de julho (a final foi a 10) a casa e ontem voltou a transpirar confiança. Fernando Santos, feliz da vida com a “grande exibição” de Portugal frente à Lituânia, mostrou não ter reservas na convicção de que a Seleção defenderá o título que conquistou em França.
“Fizemos uma primeira parte muito boa, com variedade e muita qualidade. Podíamos ter ido para o intervalo com mais golos marcados, mas pedi aos jogadores que mantivessem o mesmo ritmo, que fizessem golos, que marcassem o terceiro e fossem à procura do quarto. Há que pensar no próximo jogo. Vamos procurar fazer o mesmo, ainda que o Luxemburgo seja um adversário diferente”, explicou, entre “flashes” e sala de Imprensa, concretizando: “Agora é uma final, importantíssima, mas queremos, e vamos, estar no Euro. Ainda assim, importa realçar na nossa exibição a qualidade e a forma como foi cumprido à risca o plano de jogo. Não demos chance a que a Lituânia tivesse bola. Os jogadores estão de parabéns, porque tornaram o jogo mais fácil. Esta equipa, fora de casa, cria problemas defensivamente. A nossa Exibição muito boa.”
Foco incontornável, pelos golos e pela polémica que estourou em Itália depois da substituição no Juve-Milan, Ronaldo deu sinais de estar sem problemas físicos e isso não surpreendeu o selecionador. Aliás, este lembrou que na antevisão nunca tinha falado em limitações do capitão, ao contrário de Sarri, técnico da Juventus. “Estava em condições. A conversa que tivemos [na segunda parte] foi só isso, falar com ele. Dúvidas? Eu não tinha, as pessoas é que tinham dúvidas”, atirou o selecionador às televisões, antes de ser novamente confrontado, já na conferência. Respirou fundo e replicou: “Havia um ruído à volta dele e hoje [ontem] até li que parece que fiquei zangado com uma pergunta... Eu disse que o Cristiano estava bem.”
Fernando Santos abordou ainda a forma como Portugal se organizou ofensivamente, com uma frente de ataque com CR7, Paciência e Bernardo, apoiados por Pizzi e Bruno Fernandes – mais uns toques de Rúben Neves. É para usar esta postura contra formações de outra nomeada? “Jogámos assim com a Itália e ganhámos 1-0... Só jogou mais o William, o Pepe e o Paciência. Contra a Polónia, também. Podemos desenvolver-nos assim, mas cada jogo é um jogo. Vamos pensar. Contudo, o que pretendemos é que a mobilidade se manifeste. E defender é não permitir que o adversário jogue. Isso torna tudo mais fácil”, afiançou.
Terminou ao garantir que o 6-0 espelha, em comparação com o embate disputado na Lituânia, que os lusos venceram por 5-1, uma melhoria. “Em termos ofensivos, lá, tínhamos estado bem, mas perdemos organização do jogo e quase pareceu equilibrado. Eles têm jogadores muito altos que podem fazer diferença em bolas paradas. Hoje, eliminámos por completo esses aspetos. Apareceu a qualidade natural”, rematou.