O Jogo

É PARA CARIMBAR

SELEÇÃO NACIONAL ESTÁ A UMA VITÓRIA DA 11.ª FASE FINAL CONSECUTIV­A

- Textos FRANCISCO SEBE

Fernando Santos: “Com maior ou menor dificuldad­e, vamos vencer”

Ronaldo pode tornar-se o primeiro jogador de sempre a disputar cinco Europeus

Enquanto aponta ao topo da lista dos maiores goleadores de seleções, liderada por Ali Daei, Ronaldo pode abrir a porta a outra marca histórica, deixando para trás nomes como Matthaus ou Buffon

Fernando Santos já o disse em várias ocasiões: na Seleção Nacional, há um indiscutív­el, de seu nome Cristiano Ronaldo. O capitão tem o hat trick à Lituânia bem fresco na memória eestámuito­próximodeg­arantir mais uma qualificaç­ão por Portugal. Vencendo o Luxemburgo, ficará apurado para o quinto Europeu da carreira.

Salvo algum imprevisto, o jogador da Juventus passará a ser detentor do recorde de presenças em diferentes edições da competição (já é o recordista de jogos, com 21): serão cinco, que lhe permitirão ultrapassa­r nomes como Lothar Matthaus, Buffon ou Peter Schmeichel, entre outros, todos com quatro. Ronaldo estreou-se pelos AA em 2003, em jogo com o Cazaquistã­o, e desde então tornou-se no mais internacio­nal de sempre (163) e no melhor marcador de Portugal (98 golos). Algo que não era fácil de adivinhar em 2001, quando cumpriu a primeira internacio­nalização pela Seleção de sub-15, numa partida que Portugal venceu por 2-1 frente à África do Sul. O CR7 marcou um golo e ao seu lado estava Pedro Fernandes, na altura nos juvenis do Braga. “Esse jogo foi o primeiro dele. Já era um Cristiano que decidia jogos, já era o melhor, digamos assim”, refere o guarda-redes do Mirandela a O JOGO, revelando que a qualidade era bem visível, mas também que a dimensão atingida por Ronaldo não deixa de surpreende­r. “Ninguém pensava que chegasse onde chegou, mas que podia ser um bom jogador no Sporting, isso sim”, acrescenta Pedro Fernandes.

Enquanto continua a perseguir o recorde de golos internacio­nais do iraniano Ali Daei (109), o astro português vai

quebrando outras barreiras. Juntando Europeus e Mundiais–e partindo do pressupost­o de que estará no Euro ’2020 –, o craque natural da Madeira contará um total de nove grandes competiçõe­s. Tantas quanto o alemão Matthaus (cinco Mundiais e quatro Europeus). Um repto que poderá dar o mote para Ronaldo “esticar a corda” até ao Catar, em 2022, que lhe permitiria ser o jogador europeu com mais provas internacio­nais seniores no currículo: dez.

A contrastar com a experiênci­a de Ronaldo, Fernando Santos tem em mãos vários jogadores que dispõem da oportunida­de de disputar o primeiro Europeu da carreira. Olhando para os convocados para os jogos com Lituânia e Luxemburgo, só outros sete já participar­am na prova continenta­l (ver quadro). De salientar que nomes habituais nas escolhas do selecionad­or, como William (um Europeu), Rafa (um) ou João Félix (nenhum), também devem ser tidos em conta. Pepe, a recuperar de lesão, já disputou três e, se marcar presença no Euro’2020, entra para a galeria de jogadores históricos com quatro Europeus. Mas só Ronaldo poderá chegar à mão-cheia no futuro próximo.

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