O Jogo

“O meu sonho continua a ser o FC Porto”

Diogo Queirós está cedido ao Mouscron, mas aposta tudo no regresso

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

“Tomás Esteves será o próximo grande talento”

Uribe e Luis Díaz voltaram a jogar na vitória da Colômbia sobre o Peru

“Mouscron? Senti que precisava de um desafio maior [do que a equipa B] e procurei partir”

Diogo Queirós

Central do Mouscron

Saída para o Mouscron não impede Queirós de falar na primeira pessoa do plural quando questionad­o sobre o momento do clube azul e branco, no qual vê com satisfação o triunfo dos excolegas da formação

Foi desde Mouscron, ainda antes de viajar para Portugal para representa­r os Sub21, que Diogo Queirós falou sobre a experiênci­a na Bélgica, o sonho de voltar ao FC Porto e a ambição de construir uma carreira semelhante aos baluartes da famosa escola de centrais dos dragões. Tudo para ler nas próximas páginas de O JOGO.

Onde se imaginava a jogar com 20 anos?

—Não sei. Há uns anos imaginava estar no FC Porto. Estou no Mouscron, mas o meu sonho continua a ser o FC Porto.

Boa parte dos mais jovens escolhem jogar na I Liga nos primeiros anos da carreira. Porquê a Bélgica?

—Falei com as pessoas que me são mais próximas e achei que esta era a melhor decisão que podia tomar, porque me dava maior visibilida­de e era um desafio aliciante. Agora, se tivesse tido a oportunida­de de fazer no FC Porto o que estou a fazer no Mouscron, preferia ter continuado.

O que espera ganhar com o empréstimo ao Mouscron?

—Experiênci­a numa I Liga europeia e, com todos os jogos que tenho feito, estar mais preparado para no próximo ano, quando voltar ao FC Porto, dar a melhor resposta possível. Ao contrário deste ano,

espero ficar no clube.

Esse cresciment­o resumese à experiênci­a ou nota que tem acrescenta­do/ melhorado algumas caracterís­ticas?

—Claro. Mas isso acontece com todos os jogadores todos os anos. Mesmo com aqueles que têm mais idade. Aqui o futebol é muito físico e joga-se a um ritmo intenso. É um pouco parecido com o holandês, porque se ataca muito e isso impede que existam momentos de relaxament­o. É preciso estar sempre muito atento.

A janela no FC Porto B tinha fechado?

—Sim. Senti que precisava de um desafio maior e por isso é que procurei partir para outra realidade.

Fez duas pré-épocas com a equipa principal. Em qual delas alimentou mais expectativ­as de ficar?

—Não sei. Acho que parti para ambas da mesma forma, ou seja, com a vontade e o sonho de poder ficar, continuar e jogar. Não foi possível em nenhuma, mas o que interessa é não desistir. Agora vim para o Mouscron, estou a sair-me

DIOGO QUEIRÓS

“Se tivesse tido a oportunida­de de fazer no FC Porto o que estou a fazer no Mouscron, preferia ter continuado”

“Não foi possível [ficar] em nenhuma [das pré-épocas], mas o que interessa é não desistir”

“Geração de 2000 tem muito valor. O Romário está na equipa A e o Vítor [Ferreira] e o Fábio [Vieira] também têm muita qualidade”

“Momento do FC Porto? Ninguém quer a posição em que estamos. Todos os dias dão o máximo para voltarmos ao lugar a que pertencemo­s”

bem, estou a jogar e isso é o mais importante. Veremos como as coisas correm no próximo ano.

O FC Porto emprestou-o sem opção de compra. Que sinal é que isso lhe transmite?

—Foi um sinal de confiança e de que acreditam em mim para um futuro próximo. Foi uma motivação extra para continuar a trabalhar, para ganhar experiênci­a e recolher todas as informaçõe­s este ano para poder atacar o próximo ainda com mais força.

Sérgio Conceição disse que o via como um “elemento importantí­ssimo”. Como recebeu as palavras?

—Como qualquer jogador receberia. Fiquei contente por saber que acredita em mim. Senti um pouco de tristeza por ver que não foi agora, mas também faz-me ter a esperança de que é possível e de que irá acontecer no futuro se continuar o meu caminho e a trabalhar muito.

Tem recebido algum feedback?

—Têm-me dito que estou bem e que estou a ter boas prestações. Acho que é normal nas pessoas que me querem bem. Mas também sei que é sempre possível melhorar; nem que seja um por cento. É por isso que dou sempre o meu máximo.

Como vê o atual momento do FC Porto?

—Acreditoqu­eninguémqu­er a posição em que estamos neste momento e que todos os dias dão o máximo para voltarmos ao lugar a que pertencemo­s. Temos condições para lutar por todas as provas.

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Diogo Queirós foi cedido ao Mouscron até ao final desta temporada, num acordo que não contempla qualquer opção de compra para o clube belga
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