“Com maior ou menor dificuldade, vamos vencer”
Selecionador nacional não quer arranjar desculpas relacionadas com o mau estado do relvado ou por causa do frio, optando por falar da qualidade dos portugueses
“Vamos para o jogo com o campo que for, jogámos aqui há quatro anos e não houve problema nenhum”
“Há jogadores que jogam ou jogaram em países em que faz muito frio”
Fernando Santos
Selecionador nacional
Fernando Santos garantiu que os jogadores têm sido fantásticos e que todos se sentem titulares. Otimista, defende que se a equipa fizer aquilo que sabe, vai carimbar o apuramento para o Euro’2020
Fernando Santos acredita que Portugal vai vencer a final de hoje, no Luxemburgo, para marcar presença no campeonato da Europa de 2020 e, dessa forma, defender o título conquistado em 2016, em França. A qualidade dos jogadores que tem à disposição deixa o selecionador entusiasmado. Garante, inclusive, que nem o mau estado do relvado do Estádio Josy Barthel serve de desculpa.
Está à espera de uma equipa do Luxemburgo mais defensiva do que aconteceu em Alvalade?
—A equipa do Luxemburgo irá jogar o jogo pelo jogo – sabemos que tem qualidade. O que observámos é que, nos jogos em casa, vai tentar pôr as armas em campo. Temos de nos focar no que temos de fazer, interpretar o que temos de fazer. Se fizermos isso, com maior ou menor dificuldade, vamos conseguir o que queremos: apurarnos para a fase final do Europeu de 2020.
Relativamente ao jogo com a Lituânia, vai apresentar muitas alterações na equipa?
—Aquela foi a equipa que entendi que era a ideal para o jogo. Foi o primeiro que fizemos no último mês. Entendi que eram os jogadores certos para o jogo. Temos 72 horas, temos de ver como estão os jogadores, como recuperaram. Aqui não há titulares nem não titulares, há 24 jogadores, todos titulares, e qualquer um está apto a jogar. Têm sido fantásticos, sabem que fazer parte do onze ou ficar de fora não é sinal de que o selecionador não confia neles.
Qual vai ser o adversário mais difícil: o Luxemburgo, o frio ou o relvado?
—O adversário é só o Luxemburgo; os outros não são adversários, são contingências do futebol. Há jogadores que jogam ou jogaram em países com muito frio, não podemos arranjar fatores que sirvam de desculpa, como disse o Bernardo [Silva]. A UEFA decidiu que treinávamos aqui para poupar o relvado, vamos para o jogo com o campo que for, jogámos aqui há quatro anos e não houve problema nenhum. O importante é focarmo-nos no que temos de fazer. A nossa qualidade irá fazer a diferença.
Face ao mau estado do relvado, a solução pode passar por um futebol mais pelo ar?
—Costumo dizer que, dentro do campo, os jogadores têm de ser um pouco treinadores. Não para escolher a equipa, porque isso faço eu, mas, em muitas situações, eles é que têm de definir o que é melhor. São jogadores muito experientes e têm de resolver estas questões. Eles têm a liberdade para tomar a decisão mais correta. Vão encontrar a melhor solução e vamos vencer.