Os casos de Mota e Pjanic
Sub-21 português e médio bósnio estão ao serviço da Juventus
É difícil convencer os clubes dos principais campeonatos europeus a apostarem nos jovens talentos do Luxemburgo, mas há dois exemplos que se destacam. Celso Duarte revela episódios caricatos
É um caso recente e que suscitou curiosidade no futebol português: Dany Mota nasceu no Luxemburgo e é opção regular de Rui Jorge na Seleção de sub-21. Mas o avançado da Juventus – atua na equipa de sub-23 – teve um percurso atribulado, apesar dos números goleadores que sempre apresentou. “Quando o conheci, era um atleta bruto, que tinha força e capacidade para chegar de uma baliza à outra com facilidade. Eu pedilhe os dados e ele enviou-me: 18 jogos, 60 golos. As pessoas não acreditavam, mas é a realidade. Ele marcava muitos golos”, lembra o empresário de Dany Mota, Celso Duarte, que adivinha um futuro brilhante para o jogador de 21 anos. “Com 16 anos, já jogava na primeira equipa [do Pétange] e creio que este ano ainda vai jogar pela primeira equipa da Juventus – é uma grande aposta do clube”, vaticina o agente. Celso Duarte recorda também o caso de Miralem Pjanic, companheiro de Cristiano Ronaldo na principal formação da campeã italiana. “No Luxemburgo, há muito talento. Quando cheguei, em 2004, tive a oportunidade de ver o Pjanic e lembro-me de mencioná-loaumtreinador”, relata sobre o internacional bósnio, que começou a dar nas vistas nos escalões de formação do Schifflange. “Na altura disse-me que estava maluco, que iam achar que eu era maluco”, acrescenta o empresário. Pjanic acabaria por rumar ao Metz, de França, onde se estreou como profissional, e brilhar ao serviço de Lyon, Roma e Juventus. Cumpre a quarta época em Turim.